Recentemente, parte da região Sudeste sofreu com fortes chuvas, o que atingiu diversas pessoas, inclusive beneficiários do Bolsa Família.
Assim, o Governo Federal indica que todos os municípios que decretaram situação de emergência em razão das fortes chuvas durante a última sexta-feira, 22 de março, poderão solicitar a antecipação das parcelas do Bolsa Família.
Assim, a ação tem o objetivo de garantir que as famílias tenham acesso aos valores do benefício com maior rapidez. Estas valores poderão ser importantes para garantir suprimentos, em caso de prejuízos com o evento.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, pasta responsável pela coordenação do programa, publicou a decisão durante a última sexta. Então, esta foi encaminhada aos gestores de 90 cidades que se encontravam em situação de risco.
Veja também: Bolsa Família tem 602 mil famílias na REGRA DE PROTEÇÃO
Além disso, o Governo Federal deverá atuar em outras frentes para auxiliar estas pessoas. Os governos locais também poderão contar com ações próprias que beneficiem suas populações.
Famílias poderão receber cestas básicas
Além da antecipação das parcelas do programa, outro ponto importante é a entrega de cestas básicas paras as unidades familiares, complementado o auxílio.
Dessa forma, aqueles que estão desalojados ou que sofreram prejuízos com as chuvas poderão garantir sua alimentação.
Até o momento, no estado do Rio de Janeiro, sete pessoas acabaram morrendo em virtude das fortes chuvas. Já no Espírito Santo, segundo o último boletim da Defesa Civil, mais de 5 mil pessoas se encontravam desalojadas.
A reunião contou com a presença de mais de 250 representantes dos quatro estados da região Sudeste, além de membros da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), Secretaria de Renda e Cidadania (Senarc) e também do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad).
“Um plantão durante todo final de semana foi organizado para monitorar e apoiar os municípios atingidos”, informou o Ministério do Desenvolvimento Social em suas redes sociais.
Atingidos pelas chuvas receberão medicamentos
Atuando também no auxílio dos cidadãos atingidos pelas chuvas, o Ministério da Saúde se pronunciou, durante o último sábado, 23 de março.
De acordo com a pasta, os estados ou municípios que se encontram em situação de emergência ou calamidade pública poderão solicitar o envio de kits com medicamentos e a presença de técnicos de saúde para auxiliar as localidades.
Cada kit será contará com 32 tipos de remédios e 16 insumos, como luvas e seringas, o que irá atender cerca de 1,5 mil pessoas em um mês.
A ação faz parte de um conjunto de medidas emergências do Programa Nacional de Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres (Vigidesastres).
Veja também: Falta de Prova de Vida NÃO bloqueará aposentadorias em 2024
Além disso, a pasta também comunicou que vêm se planejando para combater as intempéries causadas pelas mudanças climáticas desde fevereiro deste ano. Isto é, momento em que publicou uma portaria que aumentava cerca de R$ 1,5 bilhão o orçamento para situações de emergência.
Espírito Santo anuncia ações em razão das chuvas
Durante o último domingo, 24 de março, o governo do estado do Espírito Santo divulgou a liberação de R$ 50 milhões para a implementação de medidas para o apoio das pessoas impactadas pelas chuvas.
Em entrevista, Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, confirmou a implementação de um regime especial às famílias impactadas.
Segundo o comunicado, o governo estadual irá liberar o chamado Cartão Reconstrução. Isto é, que contará com uma cota de R$ 3 mil para a compra de móveis, roupas, alimentos, eletrodomésticos, material de construção ou qualquer outro item essencial da família.
Já os empreendedores também contarão com ações específicas, com acesso a uma linha de crédito especial e extensão das operações de créditos que já se encontravam em curso por um período de seis meses.
“O governo do estado vai investir R$ 50 milhões para subsidiar as operações junto ao Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) e ao Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), por meio do Fundo de Fortalecimento da Economia Capixaba (Fortec). Além disso, serão abertas novas linhas para o microcrédito, por meio da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes)”, diz trecho da nota do governo do estado.
Até o momento, de acordo com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cedpec), o Espírito Santo conta com 17 mortes em razão das chuvas, sendo 15 no município de Mimoso do Sul e outras 2 em Apiacá.
Segundo o último boletim informativo da Defesa Civil do estado, cerca de 5.481 pessoas se encontram desalojadas e outras 225, desabrigadas.
Bombeiros atendem ocorrências no Rio de Janeiro
Com as fortes chuvas, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro realizou diferentes ocorrências.
Nesse sentido, desde a última quinta-feira, 21 de março, a corporação realizou o atendimento de 237 ocorrências que se relacionam às chuvas no estado.
Com 8 mortes confirmadas até o momento, os bombeiros já atuaram em 111 inundações, 30 desabamentos e 52 cortes de árvores.
Segundo a Secretaria de Saúde, o principal objetivo é de orientar os gestores municipais para que os danos a população das regiões afetadas não sejam intensificados.
Veja também: Bolsa Família usará inteligência artificial em fiscalização
“A gente sabe a dificuldade de atuação em momentos como estes. Por isso, o governo do Rio está atuando de forma efetiva no apoio às cidades prejudicadas”, destacou Claudia Mello, titular da pasta.
Doenças de veiculação hídrica preocupam
Silvia Carvalho, atual superintendente de Emergência em Saúde Pública, se manifestou sobre algumas preocupações em razão das chuvas.
De acordo com ela, então, é necessário se atentar ao aumento do número de doenças por veiculação hídrica, ou seja, aquelas transmitidas por água contaminada.
“É uma preocupação recorrente. São inúmeros os microrganismos que podem provocar adoecimento. Eles se manifestam diretamente em enfermidades como leptospirose e doenças diarreicas, entre outras, e indiretamente, na dengue, que se torna uma preocupação ainda maior, devido ao cenário epidêmico. São doenças sérias que, sem o manejo clínico adequado e no tempo oportuno, podem causar internações e óbitos”, pontuou Sílvia.
Portanto, os governo devem implementar medidas que previnam este tipo de ocorrência ou que combatam a contaminação já ocorrida.