Os beneficiários do Bolsa Família devem se alertar sobre tentativas de golpes pela internet, bem como sobre informações falsas que circulam na internet.
Recentemente, os participantes do programa de Manaus receberam mensagens em SMS fraudulentas, que os colocam em risco. Contudo, é importante lembrar que estas ocorrências se dão em diversos lugares do país.
Além disso, iniciou-se a circulação de informações erradas sobre os valores do benefício, em que se relatava uma suposta diminuição dos pagamentos.
Por esse motivo, é muito importante reforçar que o beneficiário procure dados em sites seguros, bem como utilizem as ferramentas próprias do governo. Assim, é possível se proteger e garantir que está recebendo informações corretas.
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Entenda melhor, logo abaixo.
Beneficiários foram vítimas de fraude em Manaus
Nos últimos dias, os beneficiários do Bolsa Família em Manaus estão recebendo SMS, ou seja, mensagens de texto no celular, sobre a medida. No entanto, tratam-se de tentativas de golpe, que solicita a atualização do cadastro do benefício.
Nestas mensagens, os golpistas indicam que, sem a atualização, o beneficiário poderá sofrer a suspensão dos seus valores. Por esse motivo, acabam por clicar no link indicado, supostamente para realizar a atualização.
Este link, então, efetiva o golpe que poderá provocar prejuízos financeiros nos beneficiários. Portanto, é muito importante que os cidadãos não cliquem nos links que aparecem nas mensagens.
Nesse sentido, a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) do município se manifestou, por meio do secretário Eduardo Lucas.
“Pedimos à população que esteja atenta a essas tentativas de golpes e que não clique em links suspeitos enviados por SMS ou qualquer outro meio de comunicação. Caso recebam mensagens desse tipo, orientamos que ignorem e, se possível, denunciem à polícia”, explicou.
Como é o pedido de atualização do Bolsa Família?
A atualização cadastral realmente é muito importante. Contudo, o governo não irá enviar mensagens de texto com links para o beneficiário.
A Semasc de Manaus/AM, inclusive, reforçou que esta SMS é uma forma de golpistas tentarem acessar informações dos beneficiários. Isto é, como e-mails, senhas e dados bancários, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Cidadania também indica que a atualização das informações não ocorre por meio de SMS ou de e-mail. Portanto, o beneficiário deve sempre desconsiderar qualquer mensagem por estes meios.
Quando o governo notificar o beneficiário para que atualize seu cadastro, isto ocorrerá por meio de seus canais oficiais de comunicação, ou seja:
- Aplicativo oficial do Bolsa Família ou do Caixa TEM;
- Extratos de saque do benefício;
- Site do Ministério da Cidadania;
- Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
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Desse modo, os beneficiários poderão estar seguros, já que a informação vem por meio de um canal oficial do Governo Federal.
Como atualizar o Bolsa Família?
Os beneficiários do programa devem atualizar suas informações a, pelo menos, cada dois anos, ainda que nada tenha mudado. Isto é, mesmo que a família continue com o mesmo número de integrantes, morem na mesma casa, tenham o mesmo valor de renda, por exemplo. Ainda assim, é necessário promover a atualização cadastral.
Além disso, quando estas alterações ocorrerem também é necessário atualizar o cadastro.
Para tanto, o beneficiário poderá utilizar o aplicativo do Cadastro Único, ou seja, onde constam todos os dados da família. Outra opção é se dirigir ao CRAS de sua cidade para ter um atendimento presencial.
Junto de atualizar suas informações, o beneficiário também deve se atentar a:
- Manter seu CPF regular junto à Receita Federal;
- Cumprir com as condicionalidades como, por exemplo, frequência escolar e acompanhamento de saúde.
Caso contrário, é possível que a família sofra com a bloqueio ou até mesmo o cancelamento de seus valores, se a situação não se regularizar.
Entenda as informações falsas que circulam
Para além das tentativas de golpe, recentemente o programa Bolsa Família também foi vítima de fake news, ou seja, de informações falsas.
Ocorreu a circulação de que o benefício teria abaixado os valores de pagamento. No entanto, o Governo Federal se manifestou reforçando que as quantias seguem as mesmas.
Em 2023, com a reformulação da medida, os benefícios seguem da seguinte forma:
- Renda mínima de R$ 142 para cada integrante da família;
- Recebimento mínimo de R$ 600 por família;
- Acréscimo de cotas extras, sendo de R$ 150 por criança de até seis anos, além do adicional de R$ 50 por criança ou adolescente (de sete a 18 anos), por gestante e nutrizes.
Logo, os beneficiários não devem se preocupar, visto que estes valores continuam valendo.
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Ademais, outra informação falsa que circula é sobre a Regra de Proteção, que também vale desde o ano passado.
Como funciona a Regra de Proteção?
O Governo Federal estabeleceu a Regra de Proteção a fim de garantir um período de estabilidade financeira às famílias que aumentaram de renda. Assim, é possível estimular que estes realmente consigam uma emancipação mais efetiva.
Dessa forma, a regra se destina àqueles que aumentaram de renda com um novo emprego, ou mesmo ao empreender, ultrapassando o limite de R$ 218 de renda por pessoa. Contudo, ainda há um limite de meio salário mínimo, ou seja, R$706 atualmente.
Então, esta família continuará recebendo 50% do Bolsa Família que se encaixa no seu contexto.
O governo indica que a intenção é trazer mais proteção a estas famílias, já que existe a “volatilidade da situação de pobreza”, ou seja, a possibilidade desta situação de renda variar. A vulnerabilidade econômica das famílias não acaba de forma rápida e definitiva.
Inclusive, existem diferentes fatores que impactam as famílias, como situações que envolvem a economia, bem como questões políticas e sociais. Assim, manter esta estabilidade por mais tempo é importante para que a emancipação seja efetiva.
Então, estando acima do limite de renda por 24 meses, a família sairá do Bolsa Família, terminando o prazo da regra de proteção.
Contudo, estes continuarão como assegurados, por 36 meses, tendo o Retorno Garantido ao Programa. Isto é, podendo voltar para a medida, se diminuírem a renda familiar mensal por pessoa para até R$ 218.