Banco Mundial afirma que Auxílio Emergencial tirou 7,4 milhões da pobreza em 2020 - Notícias Concursos

Banco Mundial afirma que Auxílio Emergencial tirou 7,4 milhões da pobreza em 2020

Ações do governo beneficiaram milhões de pessoas no período

A economista líder no Brasil do Banco Mundial, Shireen Mahdi,  afirmou em entrevista que o Brasil, durante a pandemia da Civid-19, em 2020, exibiu uma das taxas de pobreza extrema mais baixas da América latina e Caribe. De acordo com os números, em 2019 haviam 11,4 milhões de pessoas na situação de pobreza extrema, caindo para 4,04 milhões em 2020. Dessa maneira, o Auxílio Emergencial teve um papel fundamental.

Cerca de 7,4 milhões de pessoas saíram da situação de extrema pobreza no país. De acordo com o Banco Mundial, ela se dá quando a pessoa ganha menos do que US$2,15 por dia, ou seja, R$10,08. Todavia, o banco fez algumas atualizações a respeito do índice de pobreza, uniformizando os dados de todos os países.

A partir de agora, os dados deverão ter como base a paridade do poder de compra (PPP) no ano de 2017, sendo que antes era de 2011. As informações de 2020 relativas à pobreza no país são as menores desde 2012, quando houve uma mudança na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Isso se deve ao fato de que a pesquisa com uma nova metodologia dificultou a comparação com dados anteriores. A economista do Banco Mundial afirmou que houve uma redução súbita na taxa de pobreza entre os anos de 2019 e 2020. Aliás, o resultado foi devido a diversas ações governamentais no período como o Auxílio Emergencial.

Programas emergenciais

Mahdi disse que vários países do mundo expuseram ações emergenciais e intervenções em busca de minimizar os efeitos da pandemia, mas não conseguiram alcançar os mesmos resultados do governo brasileiro. O Brasil teve o melhor desempenho no período, porém, a economista marcou que os números de 2021 podem ser diferentes.

Isso se deve ao fato de que do total de 214 milhões de pessoas da população brasileira, 5,8% são vulneráveis economicamente. Estima-se que em 2021, 12,4 milhões de pessoas estejam nesta situação. Mahdi afirma que o auxílio emergencial foi uma resposta rápida e generosa, porém, com um resultado de curto prazo.

A economista disse que o pacote econômico do governo teve bons resultados, mas que também é preciso considerar que o mercado de trabalho em 2021 não estava aquecido. Só houve uma recuperação do setor no final do ano passado, e no começo de 2022.Entre 2019 e 2020 a escassez de vagas influenciou nos números.

O Banco Mundial identifica o esforço brasiliero durante o período de emergência, mas afirma que é preciso apostar em políticas públicas de longo prazo em vista de reverter a situação de pobreza em todo o país. A economista afirma que o plano emergencial foi importante, mas que é necessário buscar estratégias de crescimento.

Auxílio Emergencial

O Auxílio Emergencial foi criado no ano de 2020, através do pagamento de cinco parcelas de R$600, e de R$1.200 para mães solteiras. Isso foi feito a partir de abril, com o objetivo de auxiliar a população do país mais vulnerável e atingida pela pandemia. Durante o período de setembro a dezembro do ano, foram pagas quatro parcelas do benefício.

Neste período, o governo pagou cerca de R$300 para cidadãos e R$600 para as mães solteiras beneficiárias do programa de transferência de renda. Em abril de 2021 o Auxílio Emergencial retornou em razão da segunda onda da pandemia de Covid. As parcelas giraram entre R$150 e R$375.

No início eram apenas cinco parcelas, entretanto, houve a prorrogação do pagamento para mais três parcelas de mesmo valor. Através destes programas junto ao Auxilio Brasil e outros benefícios sociais, foi possível diminuir a situação de pobreza que assola inúmeras famílias no país.

Em 2020 a parcela da população em extrema pobreza no Brasil foi a menor desde 1981, início da série histórica do relatório apresentado pelo Banco Mundial. O Auxílio Emergencial deu origem ao Auxílio Brasil que substituiu o Bolsa Família. A mínima histórica até o momento é relativa a 2014, quando 3,33% da população vivia com R$10,90 por dia. A partir de então houve um crescimento da taxa nos últimos anos.

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