Bolsonaro não teria ficado satisfeito com a atitude do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, com o anúncio de reforma administrativa. Por outro lado, não é a primeira vez que estatais lançam programas de demissão voluntária (PDVs).
Isso porque, desde 2019, o governo Bolsonaro já aprovou 23 PDVs em estatais de diversos segmentos, como na Eletrobras, Caixa, Correios e Petrobras. No total foram desligados 12,3 mil profissionais, de acordo com dados da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, do Ministério da Economia.
Ainda é possível comprovar esta redução de funcionários no documento “Panorama das Estatais” do Ministério da Economia. Os dados demonstram que havia 472.234 funcionários efetivos em 2020, contra 476.643, em 2019, e 496.142, em 2018.
Vejam uma lista das empresas que realizaram PDVs:
- Basa (2 vezes);
- Banco do Brasil (2);
- BNDES (1);
- BNB (1);
- BBTS (1);
- Caixa (2);
- Casa da Moeda (1);
- Correios (2);
- Dataprev (2);
- CDRJ (1);
- Codesp (1);
- Eletrobras (1);
- Embrapa (1);
- Finep (1);
- Infraero (1);
- Serpro (2);
- Valec (1).
Entenda a restruturação administrativa do Banco do Brasil
O anúncio da reorganização administrativa foi feito nesta segunda-feira (11). Na ocasião foram divulgados pelo próprio Banco do Brasil o fechamento de 361 unidades, o que levaria a um número total de demissão de 5 mil funcionários. As medidas foram publicadas em fato relevante. Eis a íntegra.
“Foram aprovadas ainda, duas modalidades de desligamento incentivado voluntário aos
funcionários: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), a fim de otimizar a distribuição da força de
trabalho, equacionando as situações de vagas e excessos nas Unidades do banco, e o Programa de
Desligamento Extraordinário (PDE), disponível a todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos. Os Programas possuem regulamentos específicos que estabelecem as regras para adesão”, diz o documento que anuncia o fechamento das agências.
Possível demissão de André Brandão
O anúncio de restruturação do Banco do Brasil não agradou muito Bolsonaro. Irritado com os efeitos políticos, em um ano de véspera de eleição, ele teria pedido a Paulo Gudes, a demissão de André Brandão.
Guedes, por outro lado, estaria tentando reverter a situação.
Bolsonaro teria evitado ainda comentar a situação nesta quinta-feira (14), quando saia no Palácio do Planalto.
“Presidente, é verdade que o presidente do Banco do Brasil vai ser demitido?”, teria perguntado um dos apoiadores que aguardava Bolsonaro. O presidente preferiu não comentar e ficou calado.
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