Conforme informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), as projeções para as contas externas de 2022 sofreram alteração substancial em relação ao Relatório anterior.
Em especial, a revisão incorpora a recente alta nos preços internacionais de commodities, resultando em aumento do saldo comercial e previsão de superávit para as transações correntes no ano.
De acordo com informações do Banco Central do Brasil (BCB), o aumento significativo na projeção para as exportações reflete a expectativa de preços internacionais mais altos, com destaque para os preços do petróleo e de derivados, mais diretamente afetados pelas sanções impostas à Rússia em resposta à guerra na Ucrânia.
Os preços de grãos também se elevaram diante das incertezas quanto ao impacto do conflito nas exportações dos países envolvidos, bem como nos preços internacionais de fertilizantes, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).
Espera-se, por outro lado, crescimento menor do quantum exportado, com o impacto negativo de problemas climáticos sobre a safra de soja da região sul do país e com expectativas menores para a produção da indústria extrativa local.
O Banco Central do Brasil (BCB) informa que o valor esperado das importações também foi afetado pela expectativa de preços internacionais mais altos, especialmente de combustíveis e fertilizantes. O quantum importado, no entanto, deve apresentar retração, mais em linha com a desaceleração da atividade doméstica – em particular, da indústria de transformação.
Na conta de serviços, houve manutenção da projeção de déficit abaixo dos níveis pré?pandemia, refletindo a retomada lenta do turismo internacional, com impacto nas contas de viagens e transporte de passageiros, informa o Banco Central do Brasil (BCB). Também foi mantida a projeção de despesas líquidas com aluguel de equipamentos, próximas ao nível observado em 2021 e significativamente abaixo de anos anteriores.
Neste caso, a mudança de patamar reflete as importações fictas de plataformas e equipamentos no âmbito da Repetro vistas nos últimos anos, que eram previamente remuneradas com pagamentos de aluguel, informa o Banco Central do Brasil (BCB). Acesse o site oficial da instituição para conferir essa análise de forma integral, além de outros dados relevantes para a economia global.