Conforme informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), no cenário externo econômico, o ambiente se tornou menos favorável. De acordo com a instituição oficial, alguns bancos centrais das principais economias expressaram claramente a necessidade de cautela frente à maior persistência da inflação, tornando as condições financeiras mais desafiadoras para economias emergentes.
Banco Central do Brasil aponta persistência da inflação para além do ano-calendário de 2022
Além disso, a questão imobiliária na China, a possibilidade de nova onda da Covid-19 durante o inverno e o aparecimento da variante Ômicron adicionam incerteza quanto ao ritmo de recuperação nas economias centrais, divulgou o Banco Central do Brasil (BCB) em seu último Relatório de Inflação, divulgado na data desta publicação.
Dessa forma, esses eventos geraram quedas nos preços de commodities importantes, porém, o Banco Central do Brasil (BCB) ressalta que ainda é cedo para prever a extensão deste movimento. Em relação à atividade econômica brasileira, a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre revelou evolução ligeiramente abaixo da esperada no Relatório de Inflação anterior, apesar de as atividades mais atingidas pela pandemia terem continuado em trajetória de recuperação robusta.
Recuo da atividade econômica
Assim sendo, indicadores de mais alta frequência indicam recuo da atividade econômica, difundido entre vários setores, em setembro e possivelmente em outubro. No mesmo sentido, os índices de confiança já disponíveis para os meses iniciais do trimestre corrente mostram deterioração.
Dessa maneira, o Banco Central do Brasil (BCB) informa que para 2022, se por um lado a elevação dos prêmios de risco e o aperto mais intenso das condições financeiras atuam desestimulando a atividade econômica, por outro, o Copom avalia que o crescimento tende a ser beneficiado pelo desempenho da agropecuária e pelo processo remanescente de normalização da economia – particularmente no setor de serviços e no mercado de trabalho – conforme a crise sanitária arrefece. Nesse contexto, as projeções de crescimento para o PIB foram reduzidas em relação às do Relatório de Inflação anterior: de 4,7% para 4,4% em 2021 e de 2,1% para 1,0% em 2022.
Alta dos preços para o consumidor
Assim sendo, o Banco Central do Brasil (BCB) destaca que a inflação ao consumidor continua persistente e elevada. A alta dos preços surpreendeu mais uma vez no trimestre encerrado em novembro, 8 \ Relatório de Inflação \ Banco Central do Brasil \ Dezembro 2021 com variação 1,42 p.p. acima do cenário básico apresentado no Relatório de Inflação anterior.
A principal contribuição para a surpresa decorreu do aumento dos combustíveis, mas itens mais associados à inflação subjacente também contribuíram para o desvio. Além disso, o Banco Central do Brasil (BCB) ressalta que a pressão sobre os preços de bens industriais ainda não arrefeceu, enquanto a inflação de serviços já se mostra mais elevada, refletindo a gradual normalização da atividade no setor.
Conforme informações oficiais, há preocupação com a magnitude e a persistência dos choques, com seus possíveis efeitos secundários e com a elevação das expectativas de inflação, inclusive para além do ano-calendário de 2022, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em sua plataforma oficial.