A atividade econômica brasileira está mostrando sinais de recuperação, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (19). Confira apontamentos importantes e atuais sobre a economia nacional!
Banco Central aponta que atividade econômica brasileira registra crescimento de 0,44%
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) revelou um crescimento de 0,44% em julho deste ano, em comparação com o mês anterior, ajustado para eliminar variações sazonais.
Crescimento em julho
No último mês de julho, o IBC-Br alcançou a marca de 150,94 pontos, representando um aumento de 0,44% em relação a junho. Além disso, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o indicador registrou um crescimento de 0,66%, sem ajuste sazonal. Esses números são encorajadores, especialmente após um período de retração em maio.
Resultados em 12 meses
A boa notícia não se limita apenas ao desempenho mensal, pois o IBC-Br também apresentou um cenário positivo quando analisado em um período de 12 meses. Desse modo, nesse sentido, o indicador registrou um crescimento de 3,12%, indicando uma melhora constante na atividade econômica do país.
O papel do IBC-Br
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) desempenha um papel crucial na avaliação do progresso da economia brasileira. Desse modo, ele fornece informações essenciais que auxiliam o Banco Central a tomar decisões importantes sobre a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está definida em 13,25% ao ano.
Em resumo, o IBC-Br considera dados de diversos setores econômicos, como indústria, comércio, serviços e agropecuária, bem como o volume de impostos arrecadados.
Selic e inflação
A taxa básica de juros, conhecida como Selic, é uma ferramenta crucial nas mãos do Banco Central para controlar a inflação. Em resumo, a elevação da Selic visa conter a demanda excessiva, o que, por sua vez, tem impacto sobre os preços, uma vez que taxas de juros mais altas encarecem o crédito e incentivam a poupança. Contudo, embora esse processo contribua para a redução da inflação, também pode prejudicar o crescimento econômico.
Redução da Selic
Em resposta à significativa queda da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central iniciou um ciclo de redução da Selic no mês anterior, com o objetivo de estimular a atividade produtiva.
A última vez que o BC havia reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa foi reduzida de 2,25% para 2% ao ano, em decorrência da contração econômica causada pela pandemia de COVID-19.
Posteriormente, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, começando em março de 2021, em resposta ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. A partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes consecutivas.
Hoje e amanhã (20), o Copom se reúne novamente para definir a nova taxa da Selic. As expectativas do mercado apontam para uma redução da taxa básica para 12,75% ao ano.
IBC-Br e PIB
É importante ressaltar que o IBC-Br utiliza uma metodologia diferente da empregada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. Em suma, o Banco Central afirma que o IBC-Br “contribui para a elaboração de estratégias da política monetária”, embora não seja uma prévia direta do PIB.
No segundo trimestre de 2023, o PIB do Brasil superou as expectativas, registrando um crescimento de 0,9% em comparação com os primeiros três meses do ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a economia brasileira apresentou um crescimento de 3,4%. Já no acumulado de 12 meses, o PIB registrou um aumento de 3,2%. Por fim, no primeiro semestre de 2023, o crescimento acumulado foi de 3,7%. De modo geral, as expectativas estão positivas para o país.