Após queda real da ordem de 30% ao longo da recessão 2014?2016, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou recuperação gradual até o início de 2020, conforme análise oficial do Banco Central do Brasil (BCB) em documento oficial divulgado em março de 2022.
Assim sendo, com a eclosão da crise sanitária, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) experimentou declínio agudo no segundo trimestre do ano, seguido de recuperação forte já a partir do trimestre seguinte.
A taxa de crescimento deste componente foi superior às expectativas iniciais do Banco Central do Brasil (BCB) e de analistas econômicos em 2020, em parte favorecido pelo volume de importações fictas de plataformas de petróleo.
Conforme informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), mesmo descontado o efeito dessas importações, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) atingiu no início de 2021 patamar mais de 15% acima do nível médio de 2019. Desde então a série ajustada tem mostrado relativa estabilidade, mas ainda permanece acima da tendência de crescimento observada no período pré?pandemia, destaca o Banco Central do Brasil (BCB) em documento oficial.
O Banco Central do Brasil (BCB) destaca a evolução anual em volume da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em termos de três grandes componentes, com base em dados preliminares publicados nas Contas Nacionais Trimestrais incluindo 2021.
Construção e máquinas e equipamentos representam a maior parcela da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – 44% e 41% do valor em 2019, respectivamente.
O componente “Outros” corresponde essencialmente ao investimento em produtos de propriedade intelectual – 13% do valor da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em 2019. O Banco Central do Brasil (BCB) destaca o bom desempenho geral do investimento ao longo dos dois anos de pandemia.
Em 2020, quando a economia apresentou queda de 3,9%, os três componentes da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) tiveram variações anuais próximas da estabilidade. Em 2021 todos apresentaram variações positivas elevadas, muito acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
O Banco Central do Brasil (BCB) também aponta diferenças entre os três indicadores. O componente mais ligado a investimentos em produtos de propriedade intelectual apresentou queda relativamente pequena na recessão de 2014?2016 e tem crescido a taxas altas desde 2017. Segundo análise oficial, esse desempenho está possivelmente associado a tendências estruturais de investimento em digitalização da economia.