O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou nesta sexta-feira (16/06) um levantamento no qual apontou que 49,8% dos domicílios pesquisados possuíam um carro em 2022. A princípio, o índice sobre automóveis apresentado no estudo do instituto corresponde a uma alta de 0,4% em comparação com o de 2019.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua), realizada pelo IBGE, houve uma alta na aquisição dos brasileiros de motocicletas. Em três anos, o índice passou de 23,8% para 25%. Neste sentido, cerca de 13,1% das residências no país possuem os dois tipos de veículos automotores.
Em relação ao levantamento sobre automóveis feito por região, 69,2% das residências no sul do Brasil possuem um carro. Esse índice cai para 30,7% no norte e 29,9% no nordeste. A proporção é bastante inferior nessas regiões. Mesmo assim, nessas localidades há um grande percentual de motocicletas, 33% e 35,3% respectivamente.
De acordo com a Pnad Contínua do IBGE, a região sudeste do país é a que possui o menor índice de motocicletas nas residências entrevistadas, cerca de 18,8% no total. Desse modo, o centro-oeste do país é a localidade com o menor índice de carros e motos presentes no mesmo domicílio, ou seja, 18,2%.
Automóveis na Pnad Contínua
Em síntese, entre os anos de 2019 e 2022, todas as regiões do país obtiveram um crescimento exponencial no percentual de residências com motocicletas. Podemos destacar a região norte, com o índice subindo de 32,5% para 35,3%. O nordeste do país também obteve uma grande alta, passando de 31,5% para 33% no total.
Sem levar em consideração as regiões sul e sudeste do país, as outras localidades registraram uma grande expansão nas residências que possuem pelo menos um veículo automotor. Dessa maneira, o norte do Brasil, por exemplo, teve a maior alta do índice de domicílios com automóveis, passando de 26,2% para 30,7%.
Ademais, a região sudeste, de acordo com a Pnad Contínua do IBGE, foi a localidade que apresentou o maior crescimento no números de motocicletas nas residências dos entrevistados, passando de 16,1% para 18,8%. Sendo assim, a população brasileira, nos últimos anos, adquiriu um grande número de veículos.
Outros dados da Pnad Contínua
A Pnad Contínua do IBGE também apresentou alguns outros dados, como por exemplo, o número de eletrodomésticos presente nas residências da população brasileira. No ano passado, cerca de 98,4% das residências possuíam geladeira. Ela está presente em 94,5% dos domicílios no norte e 99% no sul do país.
Um outro eletrodoméstico que merece destaque no levantamento do IBGE é a máquina de lavar roupas. Ela está presente em 70,2% das residências do país. No entanto, as regiões nordeste, com 41,1% e norte, com 55%, apresentam os menores índices, bastante díspares dos encontrados nas outras regiões do Brasil.
Aliás, na região sul do país, cerca de 89,3% das residências possuem uma máquina de lavar roupas. No sudeste, 81,8% possuem o eletrodoméstico, enquanto que no centro-oeste, o índice ficou em 80,2%. A Pnad Contínua apontou que as regiões mais desenvolvidas do Brasil possuem um número maior de eletrodomésticos.
No norte e centro-oeste, a estimativa em 2016 era de que 41% e 67% dos domicílios possuíam uma máquina de lavar roupas. Essas regiões foram as que apresentaram o maior crescimento nos domicílios que possuíam esse tipo de bem. Com o levantamento, pode-se observar que a porcentagem de máquinas de lavar é bem menor do que as de geladeira.
Para que serve a pesquisa?
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) era um levantamento anual feito pelo IBGE todos os anos. Dessa forma, o levantamento feito pelo instituto, tinha como objetivo realizar a apuração de características gerais da população brasileira com informações sobre educação, trabalho, rendimento e educação.
A Pnad apresenta a situação sócio econômica do país através de vários indicadores. Ela foi substituída pela Pnad Contínua em 2016, que utiliza uma outra metodologia. Em suma, a pesquisa acompanha também o mercado de trabalho, entre outras informações. O governo utiliza os dados para tomar decisões macroeconômicas.
O Governo Federal com esses dados sobre a população brasileira consegue identificar os gargalos econômicos, as informações sobre a vida dos cidadãos e sua situação econômica. Em conclusão, a Pnad Contínua, apresenta o poder aquisitivo do cidadão e pode auxiliar na criação de política públicas, beneficiando a todos.