O Pix, sistema instantâneo de pagamentos, foi criado pelo Banco Central em 2020. A ferramenta já bateu vários recordes de transferências, e caiu no gosto dos brasileiros. Nesse sentido, no dia 20 de dezembro o Pix atingiu a marca de 104,1 milhões de transações em um único dia, um novo recorde.
No entanto, recentemente foram anunciadas algumas mudanças no funcionamento e nas regras do Pix, o que gerou polêmica e muitas fake news. As alterações que a ferramenta irá sofrer para 2023 tem relação com o limite por transação, assim como um aumento no valor máximo para o Pix Saque e Pix Troco.
Atualmente, é possível sacar até R$ 500 durante o dia e apenas R$ 100 durante a noite via Pix. Com as mudanças, os valores passarão a ser de R$ 3 mil de dia e R$ 1 mil por noite. De acordo com o Banco Central, o objetivo por trás dessas alterações é simplificar as regras e aprimorar a experiência do usuário. Contudo, as mudanças não irão afetar o atual nível de segurança do Pix.
Mesmo com as mudanças anunciadas, surgiram inúmeras fake news e boatos sobre o Pix para 2023. Entre os principais estão: que o sistema será taxado, banido pelos grandes bancos e que até poderia ser cancelado. Confira a seguir a veracidade dessas informações.
Pix taxado para 2023?
O Pix não será taxado para 2023, e isso não passa de um boato. Não existe nenhum estudo ou nenhum indício de que o sistema de pagamentos sofrerá taxação. De acordo com o Banco Central: “Também não há qualquer intenção de se mudar as regras de gratuidade vigentes”.
Além disso, Fernando Haddad, futuro Ministro da Fazenda, se pronunciou sobre o assunto. Segundo o político, não existe nenhuma possibilidade de o novo Governo taxar o serviço. Ele ainda argumentou sobre sobre as ações necessárias para viabilizar a mobilidade social.
Para Haddad são necessárias três frentes: acesso ao crédito, educação de qualidade do ensino básico ao superior e acesso à moradia. Nenhuma das frentes envolve qualquer tipo de taxação sobre o Pix.
Bancos tradicionais irão banir o sistema?
Essa é outra informação que está circulando pela internet. No entanto, assim como a questão da taxação, ela não passa de um boato. Não existem informações sobre esse movimento, e é muito pouco provável que os bancos venham a tomar essa atitude.
O Pix impulsiona a quantidade de transações de pagamentos, o que favorece os bancos. Essa quantidade cresceu 40% em 2021 com comparação a 2020, chegando ao número de 58,8 bilhões de transações, de acordo com dados do BC de novembro deste ano.
Além disso, o Pix ultrapassou o cartão de crédito e débito no quarto trimestre de 2021 com relação ao número de operações. O sistema não para de crescer e chegou a 5,469 bilhões de transações no fim do segundo trimestre deste ano.
Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, diante do sucesso do Pix o futuro do real digital não precisará ser destinado apenas para pagamentos instantâneos. Essa utilização foi feita por alguns países que direcionaram suas moedas digitais oficiais.