Recentemente o Banco Central (BC) anunciou novos recordes de transações alcançados pelo PIX, o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, consolidando sua posição no mercado financeiro. Lançado em 2020, o serviço tem conquistado cada vez mais espaço e se tornou o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros em 2022.
Com a crescente digitalização do sistema financeiro, é natural que surjam dúvidas sobre o futuro do dinheiro físico. Afinal, está cada vez mais difícil utilizar notas para realizar compras de bens e serviços, uma tendência que já vinha se estabelecendo com o uso generalizado de cartões de crédito antes mesmo do PIX.
O dinheiro em espécie vai acabar?
Contrariando expectativas, os dados do Banco Central revelam um aumento na circulação de dinheiro físico nos últimos anos. De acordo com informações divulgadas pela CNN, de 2019 a 2021, a quantidade de dinheiro em espécie em circulação no país aumentou de R$ 280 bilhões para R$ 340 bilhões.
Um dos principais fatores por trás desse aumento é o incentivo ao uso do dinheiro físico por meio dos programas sociais do Governo Federal. Embora existam plataformas digitais disponíveis, nem todos os cidadãos possuem acesso à internet ou dispositivos para realizar transações bancárias.
Essa realidade destaca a importância de garantir a inclusão financeira daqueles que ainda dependem do dinheiro em espécie. Mesmo com o sucesso do PIX e a tendência de digitalização dos pagamentos, é necessário considerar que parte da população ainda não possui condições de aderir completamente a essas tecnologias.
Dessa forma, o futuro dos meios de pagamento no Brasil parece caminhar para um cenário híbrido, no qual tanto o dinheiro físico quanto as transações digitais terão seu espaço. O PIX continuará desempenhando um papel relevante como uma opção ágil e conveniente, mas a circulação de notas e moedas ainda permanecerá como uma necessidade para muitos brasileiros.
Saiba como utilizar o PIX
O PIX é um sistema de pagamentos instantâneos que vem revolucionando a forma como são realizadas transações financeiras no Brasil. Com sua praticidade e agilidade, o PIX se tornou uma opção cada vez mais popular para efetuar pagamentos e transferências de dinheiro de forma rápida e segura.
O primeiro passo para utilizar o sistema de pagamentos é ter uma conta em uma instituição financeira que ofereça o serviço. Sendo assim, é necessário verificar se o banco, fintech ou instituição financeira de preferência já disponibiliza essa opção.
Aqueles que já possuem conta corrente devem criar uma Chave PIX. Essa chave pode ser o CPF/CNPJ, número de celular, e-mail ou uma chave aleatória gerada pelo sistema. A Chave PIX é o identificador único associado à conta e permite receber pagamentos sem a necessidade de informar dados bancários.
Além disso, o PIX também permite o agendamento de pagamentos para datas futuras. Sendo assim, se o usuário precisa realizar um pagamento em uma data específica, basta selecionar a opção de agendamento no aplicativo do banco, escolher a data desejada e inserir os dados do destinatário e o valor a ser pago.
De acordo com informações disponibilizadas pelo Banco Central, o PIX é um sistema seguro, que utiliza criptografia e autenticação para garantir a proteção dos dados dos usuários e das transações. No entanto, é importante tomar alguns cuidados básicos, como não compartilhar a Chave PIX com pessoas desconhecidas e sempre verificar os dados do destinatário antes de realizar um pagamento.