Em outubro deste ano, o Auxílio Emergencial chegou ao seu fim. Nesse sentido, os participantes receberam a sétima e última parcela. Contudo, para o público geral, ou seja, aqueles que não fazem parte do Bolsa Família, ainda não era possível sacar a quantia.
A partir de 1º de novembro, última segunda-feira, a liberação dos saques em dinheiro e transferências bancárias se iniciaram. Assim, seguindo o calendário, hoje, 05 de novembro, é o dia de saque para quem nasceu em abril. Desse modo, aqueles beneficiários que precisam do auxílio em mãos poderão prosseguir com a movimentação.
Antes, apenas era possível realizar pagamento de boletos e contas através do cartão de débito digital do aplicativo Caixa Tem. Além disso, a plataforma também permitia a identificação de QR Code (um tipo de código de barras) para compra em lojas.
Como será o calendário de saques e transferências?
Seguindo a mesma lógica desde o início do programa, o pagamento do Auxílio Emergencial ocorre a partir do mês de nascimento dos participantes. Desse modo, recebem primeiro aqueles que nasceram em janeiro, seguindo até os aniversariantes de dezembro.
Atualmente, então, o Governo Federal está executando as últimas atuações do programa, que não irá conceder nenhuma nova parcela. Portanto, aqueles que ainda desejam sacar sua sétima parcela devem se atentar às seguintes datas:
- 1º de novembro: puderam sacar aqueles que nasceram em janeiro, que tiveram o depósito em 20 de outubro.
- 3 de novembro: puderam sacar aqueles que nasceram em fevereiro, que tiveram o depósito em 21 de outubro.
- 4 de novembro: puderam sacar aqueles que nasceram em março, que tiveram o depósito em 22 de outubro.
- 5 de novembro: podem sacar aqueles que nasceram em abril, que tiveram o depósito em 23 de outubro.
- 9 de novembro: poderão sacar aqueles que nasceram em maio, que tiveram o depósito em 23 de outubro.
- 10 de novembro: poderão sacar aqueles que nasceram em junho, que tiveram o depósito em 26 de outubro.
- 11 de novembro: poderão sacar aqueles que nasceram em julho, que tiveram o depósito em 27 de outubro.
- 12 de novembro: poderão sacar aqueles que nasceram em agosto, que tiveram o depósito em 28 de outubro.
- 16 de novembro: poderão sacar aqueles que nasceram em setembro, que tiveram o depósito em 29 de outubro.
- 17 de novembro: poderão sacar aqueles que nasceram em outubro, que tiveram o depósito em 30 de outubro.
- 18 de novembro: poderão sacar aqueles que nasceram em novembro, que tiveram o depósito em 30 de outubro.
- 19 de novembro: poderão sacar aqueles que nasceram em dezembro, que tiveram o depósito em 31 de outubro.
Como realizar o saque do benefício?
O participante do programa pode realizar o saque em dinheiro em uma agência da Caixa ou em uma Casa Lotérica. Contudo, para as duas opções será necessário gerar um código no aplicativo Caixa Tem.
Dessa forma, a transação poderá acontecer de maneira mais segura. Caso contrário, seria mais fácil se ocorrer algum tipo de golpe. Ainda assim, o beneficiário deve ter cuidado com o código e não informá-lo a ninguém que não seja o atendente da Casa Lotérica.
Primeiramente, para gerar o código, é necessário realizar login no aplicativo Caixa Tem. A partir de então, o beneficiário deve selecionar a opção “saque sem Cartão” e, em seguida, “Gerar código de saque”. A plataforma informará algumas orientações de segurança que o usuário deve ler com atenção.
Para prosseguir, o participante deverá inserir sua senha. Com o código gerado, será possível digitá-lo no caixa eletrônico ou informá-lo na Casa Lotérica. No entanto, é importante lembrar que ele apenas possui uma validade de 60 minutos. Portanto, recomenda-se estar próximo ao local de saque. Caso ele expire será necessário gerar um novo.
Não haverá prorrogação do Auxílio Emergencial?
Ao que tudo indica, as chances de prorrogação do Auxílio Emergencial são cada vez menores. Desde o início deste ano, o Governo Federal desejava reestruturar o Bolsa Família. Nesse sentido, todos esforços estão concentrados em lançar o Auxílio Brasil, ou seja, o substituto do programa assistencial.
O debate pela extensão do Auxílio Emergencial se fortalecia mais quando o Auxílio Brasil ainda não possuía um orçamento definido. Contudo, na madrugada de 04 de novembro, o Congresso Nacional aprovou a PEC dos Precatórios. Isto é, uma Proposta de Emenda Constitucional que pretende parcelar dívidas judiciais da União para abrir espaço para o pagamento do novo programa.
Por esse motivo, a possibilidade de renovação do Auxílio Emergencial é muito pequena. Ainda assim, há uma ala do governo que prefere a prorrogação do Auxílio Emergencial. Por esse motivo, levando em consideração que a PEC ainda precisa de novas votações, do Senado e um segundo turno da Câmara dos Deputados, esta ainda pode ser derrotada.
Além disso, é importante lembrar que a votação foi acirrada e contou com votos da oposição. Portanto, este grupo de deputados pode mudar seu posicionamento. Neste caso, então, o Governo Federal usaria do fato como desculpa para prorrogar o Auxílio Emergencial.
DIEESE fala sobre efeitos do fim do Auxílio Emergencial
Recentemente, o diretor técnico do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Fausto Augusto Junior, comentou sobre os efeitos do fim do programa.
De acordo com ele, então, o grupo que recebe estes valores são fundamentais para a economia. Isto é, como eles gastam os valores em pequenas empresas, esse é um importante fomento para a economia local.
Nesse sentido, ele indica que, primeiramente, “o impacto é na renda, então a tendência é a pobreza e a fome aumentarem. Depois, nós vamos ver a economia local ser reduzida. Os mais pobres não compram em shopping center, não vão fechar lojas porque o auxílio acabou, mas o Armazém do Seu Zé lá da periferia de São Paulo vai ter mais dificuldade de se manter aberto porque não vai ter cliente”.
De acordo com o Governo Federal, seria o momento de encerrar o Auxílio Emergencial, pois este já teria cumprido com sua função. Isto é, de dar um suporte aos mais vulneráveis neste contexto de pandemia da Covid-19. Portanto, com o avanço da vacinação, os casos da doenças estão diminuindo, o que justificaria a falta de necessidade do benefício.
Contudo, para o diretor do DIEESE, os efeitos da crise econômica e sanitária permanecem, como o número de 13,2% de desempregado. Por isso, a continuação do Auxílio Emergencial seria importante.