Recentemente, o pagamento do auxílio emergencial foi cortado pela metade para milhões de beneficiários. A prorrogação começou a ser paga e, por isso, os beneficiários começaram a receber R$ 300 por mês, em vez dos habituais R$ 600. E o corte pela metade, além da inflação no preço dos alimentos, foram os principais fatores para a desaceleração da retomada das vendas do comércio do país.
De acordo com dados divulgados quarta-feira (11) pelo IBGE, o varejo conseguiu patamar inédito em setembro, ainda que com ritmo menor do que o que teve nos últimos meses. O comércio do país teve alta de 0,6% em setembro, quando comparado a agosto. Em julho, o volume de vendas do varejo teve o maior índice desde o início da série histórica da pesquisa e também havia conseguido recuperar as perdas da pandemia.
Os dados de setembro divulgados pelo IBGE mostram grande desaceleração quando comparada aos meses anteriores. Foi registrada alta de 12,2% em maio, alta de 8,7% em junho, de 4,7% em julho e de 3,1% em agosto. Especialistas da Folha de S. Paulo avaliam que essa espécie de acomodação é esperada, por causa da base de comparação negativa do início da pandemia. Em abril, o varejo teve queda recorde.
A inflação do preço dos alimentos influencia diretamente a diferença entre crescimento de venda e de receita do setor de hiper e supermercados. Entre abril e setembro, o setor teve crescimento de 4,7% no volume de vendas e de 10,3% na receita.