Auxílio Emergencial: mais de 1 milhão receberam o pagamento indevidamente

De acordo com a CGU, cerca de 1,8 milhão de pessoas podem ter recebido as parcelas do programa indevidamente, a quantia corresponde 3,2% do total de inscritos.

Em dezembro do ano passado, a Controladoria Geral da União (CGU) publicou um relatório apontando algumas irregularidades no pagamento das quatro parcelas de R$ 300 do Auxílio Emergencial ainda em 2020. O prejuízo foi de R$ 808,9 milhões aproximadamente.

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Vale salientar que em meio aos pagamentos irregulares, as famílias que realmente tinham direito ao benefício deixaram de receber. De acordo com a CGU, cerca de 1,8 milhão de pessoas podem ter recebido as parcelas do programa indevidamente, a quantia corresponde 3,2% do total de inscritos.

O pagamento das quatro parcelas de R$ 300 do Auxílio Emergencial ocorreu entre setembro e dezembro de 2020. Antes de ser prorrogado, o benefício tinha valor de R$ 600. Devido ao grande número de equívocos, o Ministério da Cidadania teve que tomar medidas de segurança junto aos órgãos federais.

Até o momento, por meio da iniciativa de devolução e estornos do benefício, apenas R$ 44,4 milhões foram recuperados do total devido. Veja a seguir a distribuição dos pagamentos indevidos das parcelas de R$ 300 do programa realizados pelo Governo Federal:

  • 15,7 mil pessoas mortas;
  • 38,2 mil presos;
  • 16,7 mil brasileiros morando no exterior;
  • 822 mil pessoas com emprego formal;
  • 240 mil famílias com renda superior ao exigido;
  • 18 mil famílias com mais de um beneficiário;
  • 75,6 mil pessoas que receberam mais parcelas do que o permitido;
  • 160,6 mil pessoas que receberam a parcela, ao mesmo tempo que receberam valores do INSS; e
  • 442,2 mil beneficiários que receberam a parcela, ao mesmo tempo que receberam Bolsa Família.

Retorno do auxílio de R$600 para 2022 voltará a ser discutido

Atenção, trabalhadores! O retorno do auxílio emergencial de R$600 para 2022 voltará a ser discutido ainda neste ano de 2022. Neste momento, já se sabe que o Governo Federal confirmou que não tem o o objetivo de retornar com os pagamentos do Auxílio Emergencial. O programa que chegou a atender cerca de 39 milhões de pessoas no ano passado chegou oficialmente ao fim no último mês de outubro. O Ministério da Cidadania optou por não prorrogar o projeto.

No entanto, muitos estão tentando fazer essa situação mudar. De acordo com informações e bastidores, vários deputados estão querendo voltar a debater o retorno do Auxílio Emergencial. Em entrevistas recentes, vários parlamentares disseram que irão voltar a pautar esse assunto já nos próximos dias.

“Esse auxílio é muito importante para milhões de brasileiros que ficaram completamente desassistidos na pandemia que ainda persiste. Muitos nem foram incluídos no Auxílio Brasil. Isso tem causado enorme sofrimento a essa imensa parcela da população”, disse o Deputado Federal Renildo Calheiros (PSB-PE).

Conforme informações oficiais, algo em torno de 25 milhões de pessoas ficaram sem nada depois do fim do Auxílio Emergencial em outubro do ano passado. Esses são números do próprio Ministério da Cidadania. O Ministro, João Roma, disse que isso iria acontecer caso o benefício chegasse ao fim.

Embora não divulgue isso oficialmente, o que se sabe é que uma parte desses usuários conseguiram entrar no Auxílio Brasil em janeiro. Na ocasião, o Governo Federal disse que conseguiu inserir cerca de 3 milhões de pessoas no programa. Mas o fato é que, como disse o Deputado Renildo, nem todo mundo conseguiu entrar.

Estimativas de números 

Segundo informações oficiais, milhões de pessoas que estavam no Auxílio Emergencial ainda não conseguiram receber nenhum outro programa social. Pelo menos é isso o que se sabe até aqui.

Isso piora quando se leva em consideração que a situação da economia ainda não está normalizada. Com isso, muita gente está tendo muitas dificuldades para conseguir empregos. São justamente essas pessoas que pedem  o retorno do Auxílio Emergencial.

Mas pelo menos até o momento não há nenhum indício de que isso acontecerá de fato. O Governo Federal afirma que não tem condições de pagar o Auxílio Emergencial mais uma vez. Ele alegam não haver mais espaço no orçamento.

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