O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez elogios ao Brasil pela resposta econômica que o país durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com a Instituição, o Governo Federal conseguiu se sair bem durante o período pandêmico. No entanto, eles fizeram uma ressalva em relação ao Auxílio Emergencial.
De acordo com o FMI, o fim do programa poderá fazer com que a pobreza e extrema-pobreza voltem a atacar em um nível pré-pandemia. Eles também disseram que o Governo precisa encontrar uma maneira de atender as pessoas mais vulneráveis neste momento. Isso porque se entende que elas serão prejudicadas com o fim do benefício.
“As transferências emergenciais de dinheiro acabarão expirando e, na ausência de um fortalecimento permanente da rede de proteção social, a pobreza e a desigualdade podem se agravar”, diz a nota técnica do FMI. O Governo Federal ainda não respondeu oficialmente essa indicação.
De acordo com o Palácio do Planalto, o Auxílio Emergencial vai chegar ao fim no próximo mês de outubro. Então, em tese, faltam apenas mais dois pagamentos para que o projeto deixe de fazer os repasses para cerca de 35 milhões de brasileiros neste momento. É por isso que já há uma preocupação neste sentido.
Vale lembrar que o Planalto quer começar os pagamentos do novo Bolsa Família em novembro. No entanto, não é segredo para ninguém que não vai ter espaço para todo mundo. Em entrevista recente, o próprio Ministro da Cidadania, João Roma, admitiu que cerca de 25 milhões ficarão sem auxílios.
Prorrogação
Mesmo antes da divulgação dessa nota técnica do FMI, essa preocupação com o fim do Auxílio Emergencial já existia. É justamente por isso que uma ala do Governo está tentando convencer o Presidente Jair Bolsonaro a aplicar mais uma prorrogação.
De acordo com informações de bastidores, essa ala de governistas está temendo que nem o novo Bolsa Família consiga sair do papel para 2022. É que o programa depende de uma série de aprovações do Congresso Nacional.
De qualquer forma, sabe-se que uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial não está nos planos do Ministério da Economia. Eles temem que isso possa acabar descontrolando as contas públicas.
Empregos
Em entrevistas recentes, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que existe um plano para essas pessoas que ficarão sem Auxílio Emergencial. De acordo com ele, a saída vai ser aumentar a oferta de empregos no país.
Guedes segue apostando muito que o ritmo da vacinação contra a Covid-19 aumente em um nível rápido nos próximos meses. Com isso, é de se esperar que a economia do país melhore um pouco mais.
Dentro desse cenário dos sonhos para o Governo, mais pessoas poderiam voltar a trabalhar e a ganhar os seus próprios salários. A questão é que não se sabe ao certo se isso vai acontecer de fato ainda.
O Ministro da Cidadania, João Roma, disse em entrevista que o mais provável é que a recuperação econômica não seja tão rápida. Por isso, ele disse que acredita que o Governo precisa pensar em algo para esses 25 milhões de brasileiros.