Auxílio Emergencial: fim de novas inscrições prejudicou vulneráveis

De acordo com as regras do Auxílio Emergencial deste ano, o Governo não pode abrir novas inscrições para entradas no programa

Depois de um hiato de três meses sem pagamentos do Auxílio Emergencial, o Governo Federal decidiu retomar os repasses do programa no último mês de abril. Acontece que nesta nova versão, eles optaram por não abrir novas inscrições para entradas no projeto. Segue recebendo portanto quem estava recebendo antes.

É que de acordo com o Governo, o objetivo da reabertura dos pagamentos foi ajudar quem estava sofrendo desde o ano passado. Isso porque eles entenderam que essas pessoas tinham conseguido provar que estavam em situação de vulnerabilidade. No entanto, o fato é que essa proibição de novas entradas gerou uma série de críticas.

Nas redes sociais, muitos trabalhadores disseram que essa norma seria injusta. Isso porque acabaria deixando para trás uma série de pessoas que não conseguiram receber o benefício em 2020. Esses cidadãos estão tentando fazer pressão para que o Governo Federal mude de ideia e passe a abrir novas vagas.

Imagine, por exemplo, um cidadão que tinha emprego no ano passado e passou por uma demissão no início deste ano. Pelas regras do Auxílio Emergencial, ele não poderia receber o benefício ano passado porque estava formalizado. Só que ele também não pode entrar para o projeto este ano porque não recebeu no ano passado, mesmo que ele esteja sem emprego agora.

Outra situação comum é a das pessoas que passaram por um cancelamento no ano passado. Mesmo que esses cidadãos consigam regularizar as suas situações depois de um tempo, eles não poderiam voltar a receber o dinheiro do benefício nem em 2020 e nem nesta nova versão de 2021.

Vulneráveis no Brasil

Não se sabe ao certo quantos brasileiros podem ter ficado para trás com essa lógica. O que se sabe é que o Governo Federal chegou a fazer pagamentos para algo em torno de 70 milhões de pessoas no ano passado. Agora, no entanto, o número de beneficiários é de 37 milhões.

De qualquer forma, se imagina que o número de indivíduos que precisam do dinheiro e não estão recebendo nada seja maior. É que existe uma massa da população que não está conseguindo receber nenhum projeto do Governo neste momento. Nem o Auxílio Emergencial e nem o Bolsa Família.

Muitas destas pessoas alegam que estariam passando por uma injustiça e dizem que o Governo deveria colocá-los em um programa social. O próprio Palácio do Planalto vem admitindo que a situação é realmente complexa neste momento e que está tentando resolver o problema

Auxílio e Paulo Guedes

Em entrevista na última semana, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que reconhece que os vulneráveis ficaram para trás. Ele argumentou que o aumento da inflação acabou fazendo com que vários brasileiros não conseguissem mais se manter. No entanto, ele garantiu que pode resolver essa situação.

Entre outras coisas, ele disse que o novo Bolsa Família vai poder ajudar esses pessoas. Só que ele não garantiu que o projeto vai passar por um aumento a partir de novembro. De acordo com ele, isso só vai acontecer se o país conseguir a liberação para o parcelamento dos precatórios.

Além do novo Bolsa Família, o Governo também estaria preparando uma série de projetos sociais para o país ainda este ano. A maioria tenta inserir mais vulneráveis no mercado de trabalho. No entanto, todas essas ideias ainda estão no papel sem data exata para um início concreto.

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