Em mais uma declaração polêmica, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a responsabilidade do auxílio emergencial é dos governadores. Questionado sobre uma nova rodada do auxílio emergencial, o presidente tirou sua competência.
“Quem foi que tirou teu emprego? Tá gravando? Pode gravar. Você quer o auxílio? Pede para o governador”, afirmou o presidente a uma apoiadora.
O chefe do executivo ainda jogou a culpa pelo desemprego para os governadores. “Quem fechou tudo, fui eu ou foi o governador? Quem fechou o comércio, fui eu ou o governador? Eu estou te perguntando, quem foi que tirou teu emprego?”, afirmou o presidente.
As declarações foram dadas neste sábado (13) e as informações são do iG. O fato aconteceu na chegada do presidente em São Francisco do Sul, litoral catarinense, onde ele e sua família devem passar o carnaval. Bolsonaro deve voltar a Brasília somente na quarta-feira (17).
Além de falar com apoiadores, o presidente também tirou foto com alguns deles.
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Auxílio emergencial deve ser pago em março
Mesmo com a declaração dada neste sábado, o auxílio emergencial deve ter nova rodada.
Após pressão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (11) que uma nova rodada do auxílio emergencial “está quase certa, ainda não sabemos o valor”, garantiu. Ainda não está definido o número de parcelas, mas o parlamentar indicou que devem ser três ou quatro.
Por outro lado, mesmo com este anúncio a data para retomada do auxílio emergencial não foi informada, mas é esperado que seja em março. O valor do auxílio deve ser entre R$ 200 e R$ 250.
A declaração é positiva, num cenário que o presidente chegou a negar qualquer extensão, com a alegação que o benefício não era aposentadoria.
As informações fazer parte de entrevista concedida a TV Mirante, afiliada da TV Globo no Maranhão. As falas do presidente ocorrerem após uma cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural em Alcântara.
“Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir… com toda a certeza, pode não ser a partir de março. Três a quatro meses, está sendo acertado com o Executivo e o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal”, prometeu Bolsonaro.
A possível retomada do auxílio emergencial não é fruto do caso, pelo contrário. Anteriormente Bolsonaro já tinha criticado e negado a extensão do benefício, agora decidiu voltar atrás.
A renovação do benefício foi motivo de pressão, principalmente por conta da segunda onda da Covid-19 no Brasil. Arthur Lira (PP), presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco (DEM), presidente do Senado, tem articulado para o retorno do benefício.