O que pensa Mourão sobre o auxílio emergencial

O vice-presidente Hamilton Mourão declarou em relação ao auxílio emergencial, que o governo não pode “ser escravo do mercado”. A declaração foi dada nesta sexta-feira (12) e leva em consideração uma possível crítica e visão negativa que poderia ser gerada por investidores, a cerca de uma nova rodada do benefício.

O comentário  do vice-presidente foi resposta ao questionamento sobre o aumento do déficit nas contas públicas, que poderia ser visto como algo negativo pelo mercado financeiro. As informações são do G1,

“Minha gente, a gente não pode ser escravo do mercado”, respondeu Mourão. “Nós temos aí uns 40 milhões de brasileiros que estão em uma situação difícil, a gente ainda continua com a pandemia, a gente acredita que mais uns três, quatro meses a gente tenha uma produção de vacina capaz de começar um processo de imunização consistente”, defendeu.

Ele ainda saiu em defesa de Bolsonaro, afirmando que ele é “obrigado a decidir”, uma medida para auxiliar a população, e independente da decisão final do presidente ele “vai tomar pau”. “É uma situação difícil e julgo que ele vai buscar a melhor solução”, completou.

Mourão ainda declarou que a equipe econômica e Bolsonaro buscar uma saída para financiar o benefício, ante a previsão que déficit das contas públicas deve atingir R$ 247 bilhões em 2021.  Este déficit não considera o auxílio emergencial.

“Em linhas gerais, ou você faz um crédito extraordinário, aí seria o tal do orçamento de guerra, ou corta dentro do nosso orçamento para atender às necessidade. Não tem outra linha de ação fora”, disse o vice-presidente, durante entrevista no Palácio do Planalto.

Guedes defende que “Orçamento de Guerra”  é necessário para o auxílio emergencial

No dia anterior a fala de Mourão, na quinta-feira (11),  ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que para retomada do auxilio emergencial será necessária a aprovação do novo Orçamento de Guerra  aliado também ao novo Pacto Federativo.

De acordo com o ministro, o orçamento depende também da proposta de emenda à Constituição (PEC). Em contrapartida, deverá haver corte de gastos para equacionar as obrigações impostas pela responsabilidade fiscal.

“Não vai faltar dinheiro para o auxílio emergencial. Temos esse dinheiro. Agora, precisamos de uma PEC de Guerra que nos autorize, primeiro. E, segundo, precisa estar embutido num compromisso com responsabilidade fiscal”, declarou o ministro.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também garantiu a volta do benefício. Na quinta-feira (11), ele disse que uma nova rodada do auxílio emergencial “está quase certa, ainda não sabemos o valor”.  Ainda não está definido o número de parcelas, mas o parlamentar indicou que devem ser três ou quatro.

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