Nesta quarta-feira, 09 de dezembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou que o Governo Federal está diminuindo, de forma gradativa, o pagamento do auxílio emergencial e que o benefício chegará ao seu final em dezembro. Segundo o ministro, o Brasil lidou bem com a pandemia, se comparado com outras economias.
“Entre essas reformas estruturais, depois de encontrar a pandemia, um dos pontos mais importantes, além da questão regulatória, de gás natural, mineração etc, abrimos a economia para investimento estrangeiro. Acho que antes do fim do ano, vamos dar outro sinal forte de que estamos reduzindo os subsídios de forma geral no Brasil. Acho que isso vai acontecer antes do fim do ano. Será um outro sinal”, disse Guedes a investidores.
Além disso, Guedes falou que “há apenas dois dias, o presidente deu outro sinal, o anúncio de que auxílio emergencial, que ajudou na recuperação, será removido em 31 de dezembro. Nós já reduzimos à metade e agora, no final do ano, vamos removê-lo. Demos esses sinais de que vamos reduzir os gastos com a pandemia”.
Além do mais, o ministro confirmou que o auxílio foi liberado aos brasileiros para que fosse realizado o isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus. “Nós estamos reduzindo gradativamente estes incentivos”, afirmou.
‘Ninguém vive dessa forma’, diz Bolsonaro sobre prorrogação do auxílio emergencial
Em declaração em Foz do Iguaçu, no Paraná, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a negar a proposta de prorrogação do auxílio emergencial para o ano de 2021. Atualmente, o benefício está sendo pago no valor de R$300 e seguirá até 31 de dezembro.
“Nada mais dignifica o homem do que trabalho, é o que nós precisamos. Temos internamente os nossos problemas, ajudamos o povo do Brasil com alguns projetos, por ocasião da pandemia. Você [Benítez] fez o mesmo no Paraguai, aqui do lado. Alguns querem perpetuar tais benefícios, ninguém vive dessa forma, é o caminho certo para o insucesso”, disse Bolsonaro ao lado do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.
O evento teve a maioria das autoridades presentes, incluindo Bolsonaro e o governador da Paraná, Ratinho Jr. (PSD).
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que não espera prorrogar o auxílio emergencial. O presidente disse ainda que torce para que o coronavírus esteja “de partida” do país. A declaração foi dada para um grupo de apoiadores que estava em frente ao Palácio da Alvorada.
Pressão política
Com a indefinição do novo programa social, a ala política do governo voltou a defender a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses em 2021.
De acordo com assessores, até o momento, o presidente Jair Bolsonaro não tomou nenhuma decisão sobre o tema e deve se manifestar após o fim do segundo turno das eleições municipais.
“A decisão é do presidente Bolsonaro e, até agora, ele não tomou uma posição. Deve decidir entre esta e a próxima semana, sabendo da importância do benefício para a população que está em situação de vulnerabilidade”, disse um assessor presidencial.
O assessor do presidente afirmou que os pedidos pela prorrogação do benefício aumentaram. No entanto, ressaltou que o cumprimento do teto dos gastos públicos deve ser garantido. De acordo com o texto em vigor, o pagamento do auxílio emergencial vai até dezembro de 2020.
Líderes do governo querem aprovar a chamada PEC Emergencial ainda em 2020 e incluir no texto o novo programa social do governo. No entanto, a própria base aliada do presidente da República no Legislativo considera isso impossível.
Portanto, com a votação da proposta sendo estendida para 2021, a ala política do governo voltou a defender que o auxílio emergencial continue a ser pago até o Congresso aprovar medidas que garantam um novo programa social ou a reformulação do Bolsa Família.
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