Auxílio Brasil: 26% dos eleitores são impactados pelo programa

AUXÍLIO BRASIL tem impacto nas Eleições de 2022? ESTA pesquisa revela informações

Dados de nova pesquisa Datafolha mostram que mais de um quarto do eleitorado é impactado pelo Auxílio Brasil do Governo Federal

Em agosto, 26% do eleitorado brasileiro estava apto ao recebimento do Auxílio Brasil do Governo Federal. É o que aponta a mais recente pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada no final da última semana. O panorama aponta que mais de ¼ dos cidadãos que devem votar nas eleições deste ano recebem a ajuda do poder executivo.

O dado explica o porquê de os principais candidatos ao cargo de presidente falarem sobre o assunto de maneira recorrente. Bolsonaro (PL), Lula (PT) e Simone Tebet (MBD), prometem manter o valor de R$ 600 do Auxílio também em 2023. Já Ciro Gomes (PDT) afirma que poderá elevar o patamar para a casa de R$ 1 mil por mês.

Entre as famílias que possuem uma renda per capita de até dois salários mínimos, 41% recebem o Auxílio Brasil. O patamar é alto justamente por causa das regras do programa. Para ter direito ao benefício é necessário ter uma renda per capita de até R$ 105. Quem recebe até R$ 210 também tem direito desde que resida com uma gestante ou um menor de 21 anos.

Outro estrato da população que também registra um alto número de usuários do programa é o que compreende a região Nordeste. Estima-se que 40% dos nordestinos estejam aptos ao recebimento do benefício. Estados como Bahia, Pernambuco e Ceará costumam liderar a lista de unidades da federação mais beneficiadas com o projeto.

Na pesquisa realizada na última semana, o Datafolha também perguntou quais eleitores querem que o Auxílio Brasil continue na casa dos R$ 600 em 2023. Para 82% da população, o benefício precisa ser mantido neste patamar, em vez de retornar aos R$ 400. Este grupo de respostas compreende não apenas os usuários do programa, mas todo o eleitorado.

O aumento do Auxílio Brasil

Originalmente, o Auxílio Brasil é um programa social que faz pagamentos básicos de R$ 400 por mês. Esta é uma regra que vale desde dezembro de 2021, e que se manteve desta forma durante o primeiro semestre deste ano.

Em julho, o Congresso Nacional conseguiu aprovar a chamada PEC dos Benefícios. Entre outros pontos, o documento liberou R$ 41 bilhões para uso da União em seus projetos sociais em pleno ano eleitoral.

Com a liberação, o valor do Auxílio Brasil subiu de R$ 400 para R$ 600. Além disso, o número de usuários do programa social também foi elevado em mais de 2 milhões. Hoje, estima-se que mais de 20 milhões estejam aptos ao recebimento do benefício.

A manutenção do programa

Contudo, a maior parte das mudanças propostas pela PEC dos Benefícios são temporárias. No caso específico da elevação do saldo do Auxílio Brasil, o documento prevê que o aumento dos valores só deve valer até o final deste ano.

Corrobora com esta teoria o fato de o Governo Federal ter enviado ao Congresso Nacional uma proposta de orçamento para 2023, sem a manutenção do valor de R$ 600 para o próximo ano. A indicação é de queda para o patamar de R$ 405 a partir de janeiro.

Em entrevistas recentes, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem insistindo na promessa de manter o valor de R$ 600. De todo modo, o candidato do PL afirma também que esta não é uma decisão só dele, e que o Congresso Nacional também precisa aprovar a manutenção do aumento.

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