Auxílio BEm: Projeto de redução de jornada e salário adiado - Notícias Concursos

Auxílio BEm: Projeto de redução de jornada e salário adiado

Com a volta do auxílio emergencial nesta semana, em breve o governo deve anunciar a prorrogação do programa de redução de jornada e salário. A medida que permite que o governo complete o salário do funcionário, também autorizará a suspensão temporária do contrato de trabalho.

A expectativa é que o programa atenda 4 milhões de trabalhadores, que é a quantia máxima de acordos entre empresas e empregados que podem ser realizadas pelo valor determinado para custear o programa, cerca de R$ 9,8 bilhões. Os recursos pagarão as compensações salariais além dos custos operacionais.

Inicialmente, a previsão do governo era destinar entre R$ 5,8 bilhões e R$ 6,5 bilhões ao BEm, para realização de 2,7 milhões a 3 milhões de acordos. Em 2020, o governo custeou o programa com R$ 33,5 bilhões ao programa, que registrou mais de 10 milhões de acordos.

No entanto, a reabertura do programa bem como o seu crédito extraordinário estão estagnados. Isso porque a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 exige uma compensação para os gastos, segundo o Ministério de Economia. Um dos artigos presentes na lei permite que um novo benefício seja custeado com promessa de compensação.

A equipe econômica do governo estuda possibilidades para resolver o impasse. Uma alternativa é criar um novo projeto de lei que altere a LDO e destravar o recurso. Outra opção é encontrar uma fonte de pagamentos para compensação.

O ministro da economia, Paulo Guedes, anunciou que o programa retornaria com o financiamento deste meio. A situação vem alimentando ideias de um possível novo decreto de calamidade pública, que destravaria os recursos do BEm. Entretanto, os economistas do governo não apoiam esta ideia, devido à abertura para mais gastos considerados desnecessários para o momento.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, menciona que o presidente Jair Bolsonaro tinha dito que em 27 de janeiro que em 15 dias daria um retorno sobre a reedição do BEm. “Se tivesse respondido em 15 dias, teríamos poupado demissões e fechamento de empresas”, alertou Solmucci.

Contudo, o novo programa deve ser editado nos mesmos moldes que o anterior. Os acordos para redução de jornada e salário serão proporcionais a 25%, 50% ou 70%, ou suspensão temporária do contrato de trabalho. Para isso, o governo ajuda o trabalhador, pagando um benefício emergencial, calculado sobre o valor do seguro-desemprego a que ele teria direito se fosse desligado da empresa.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?