Autocracia: Origem e como se aplicou na história - Notícias Concursos

Autocracia: Origem e como se aplicou na história

Entenda no que consiste essa forma de governo e como ela se fundamentou na história da humanidade

A autocracia é uma forma de governo baseada nas convicções de um indivíduo, que possui todo o poder sem restrições.

Surgiu na Grécia antiga, representada na figura dos generais autorizados a tomar decisões sozinhos, sem precisar passar pela assembleia.

Desse modo, os generais eram designados como autocrator, que no grego significa “autós” que significa “por si próprio” e “kratós” que significa “poder” ou “governo”.

Fundamentos

Em síntese, a autocracia representa-se por duas formas de governo. Um deles é a monarquia absolutista e o outro em forma de ditaduras que estão presentes em vários momentos históricos na modernidade.

Contudo, na monarquia absolutista o poder do rei é fundamentado como uma vontade divina. Em outras palavras, a figura do rei como substituta à ação de Deus.

Desta forma, o rei é o Estado absoluto e tem em suas mãos todo o poder.

No entanto, os regimes autocráticos nas ditaduras modernas têm como medidas a suspensão dos direitos civis, além da concentração do poder sendo compreendido como a única solução para proteger a sociedade de uma ameaça real ou hipotética.

Na Europa no século XX, alguns autocratas tinham títulos que demonstravam seu poder, alguns deles:

  • “Führer” no nazismo alemão Hitler
  • “Il duce” na Itália fascista Mussolini
  • “Caudillo” na ditadura espanhola Franco era o

Todos esses termos remetem ao “condutor” aquele que dita os caminhos da nação. Ambos têm em comum o controle da informação, além da restrição da liberdade e dos direitos civis do povo.

Autocracia burguesa

Criado pelo sociólogo Florestan Fernandes, o termo autocracia burguesa tem objetivo de esclarecer e criticar a estrutura social brasileira.

Segundo o sociólogo, o Estado brasileiro atua como uma falsa democracia, em decorrência do desenvolvimento no capitalismo periférico que visa apenas os interesses da burguesia que acabam assumindo as decisões políticas.

Em contrapartida, os desejos da classe trabalhadora são desconsiderados e acabam sendo forçados a agir conforme os interesses da burguesia.

Como resultado, a burguesia controla praticamente todo poder político, e seus interesses atingem todas as áreas do poder: executivo, legislativo e judiciário.


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