A cada 10 anos uma pesquisa é feita para definir o panorama da população brasileira. Em 2021, após a aprovação do novo Orçamento da União, o Censo Demográfico foi cancelado. Portanto, uma das principais bases de dados para a formulação de políticas públicas está sem previsão de acontecer. Isso atinge áreas como a de saúde, a educação e o meio ambiente.
As negociações entre IBGE e governo federal foram longas e começaram na casa dos 3,4 bilhões de reais. Após pressão do governo, o valor firmado foi de 2 bilhões de reais, já com consequências para a qualidade da pesquisa. Contudo, o enviado pelo congresso nacional foi um montante de cerca de 71 milhões de reais, o que inviabiliza o levantamento. Diante da impossibilidade de realizar a pesquisa, o presidente do IBGE pediu exoneração do cargo.
Para que serve o censo demográfico?
A história do Censo Demográfico no Brasil é longa e data do contexto imperial, período em que o primeiro levantamento foi realizado. Naquela época o Brasil ainda era governado por Dom Pedro II. Posteriormente, no ano de 1936, o então presidente Getúlio Vargas criou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir daí, desde o ano de 1940, o censo acontece a cada 10 anos e sofreu adiamento apenas 3 vezes na história.
Essa pesquisa ainda é a principal fonte de informações sobre os estados e municípios. É com base nela que o governo cria os programas de distribuição do orçamento da União.
Por isso, deixar de fazer o censo significa ficar sem dados para definir prioridades e estratégias nas políticas públicas. A falta de dados sobre o país, principalmente nesse contexto de pandemia que vivemos, coloca em risco a vida dos brasileiros e dificulta os investimentos de empresas estrangeiras.
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