A produção de cimento é responsável por 7% das emissões mundiais de CO2 (Dióxido de Carbono). Todavia, a indústria do cimento afirma que está trabalhando para diminuir esses números.
Vale destacar que isso não significa que os consumidores se importam com os números alarmantes. Afinal, hoje em dia há pouca demanda por materiais sustentáveis.
Enquanto os arquitetos, engenheiros e construtoras se concentram na energia utilizada nos edifícios, na verdade são os materiais que sustentam a estrutura que representam a maior parte de sua pegada de carbono ao longo da vida.
A fabricação do cimento contribui para as emissões de CO2 por conta do processo químico necessário para produzi-lo e até o momento poucas pessoas se importam com isso.
Algumas empresas tentaram vender um cimento sem carbono, no entanto, por conta do preço alto a maioria dos clientes não tiveram interesse.
O cimento com pouco carbono, fabricado com cinzas volantes, não depende da reação química que produz o cimento com carbonato de cálcio. Sendo assim, ele pode reduzir as emissões de carbono presente no cimento em até 90%.
Preço elevado explica a baixa procura
O cimento com baixo CO2 custa pelo menos três vezes mais que o fabricado com carbonato de cálcio.
Além disso, com o fechamento das usinas de energia a carvão, o fornecimento de cinzas volantes que são fundamentais no cimento geopolimérico está ficando escasso na Europa e nos Estados Unidos, elevando o preço do material.
Sem a ação de governos e instituições, o cimento sustentável ainda não é uma prioridade para as empresas de construção no mundo todo.
Números
Uma tonelada de cimento produz pelo menos uma tonelada de CO2. Posteriormente, é misturado com areia, cascalho e água para fazer concreto.
Para se ter uma ideia, um metro cúbico de concreto pesa cerca de duas toneladas e é responsável pela liberação de 400 libras de CO2. Estima-se que 10 bilhões de toneladas de concreto são produzidas a cada ano.
Por fim, a produção de cimento produz mais CO2 do que todos os caminhões do planeta, por isso é importantíssimo as autoridades voltarem suas atenções para esse problema.
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