Atualidades: Cientistas encontram nova espécie de musgo na Antártica 

Cientistas indianos descobriram uma nova espécie de musgo na Antártica. Outros cientistas confirmaram a descoberta, afinal o processo é sempre demorado. 

Demorou cinco anos para confirmar que esta espécie não tinha sido descoberta antes e que era única. 

Os pesquisadores indianos passaram anos sequenciando o DNA da planta e comparando-o com outras plantas conhecidas.

O biólogo polar e professor Felix Bast, realizando pesquisas na estação de pesquisa Bharati, descobriu esta espécie de musgo verde-escuro em Larsemann Hills, no Oceano Antártico. 

A saber, os biólogos da Universidade Central de Punjab deram o nome de Bryum bharatiensis a nova espécie. A estação de pesquisa Bharati conta com uma equipe permanente que está em operação desde 2012. 

Esta é a terceira estação de pesquisa na Antártica da Índia, e uma das duas ainda em operação junto com a estação Maitri, que foi comissionada em 1989. 

A Índia teve uma presença científica no continente desde 1984. No entanto, esta é a primeira vez que uma nova planta foi descoberta por cientistas indianos que trabalham na região. 

Características do musgo

Os musgos são plantas sem flores, que se reproduzem por meio de esporófitos e esporos. 

Existem atualmente cerca de 12.000 espécies que foram identificadas no mundo todo, destas mais de 100 foram encontradas na Antártica. 

Em síntese, os musgos são engenheiros do ecossistema. A pesquisa sugere que as mudanças ambientais realizadas pelo musgo quando começou a se espalhar na terra, há 470 milhões de anos, deu início às eras glaciais do Ordoviciano. 

Mudanças nos ecossistemas marinhos, além da diminuição do dióxido de carbono na atmosfera permitiram a formação de calotas polares nos pólos. 

Este tipo de musgo é um exemplo espetacular da tenacidade das plantas, agarrando-se e sobrevivendo nos ambientes mais improváveis. 

Apenas 1% da Antártica é livre de gelo, e os cientistas ficaram fascinados ao ver que esse musgo poderia sobreviver em meio a rochas e gelo. 

Eles descobriram que esse musgo crescia principalmente em áreas onde os pinguins se reproduziam exponencialmente. Sendo assim, as plantas acabam se alimentando dos resíduos com bastante nitrogênio. 

No clima polar, o musgo não se decompõe e as plantas conseguem através do esterco o nitrogênio e outros nutrientes de que precisam. 

As plantas necessitam de luz solar e água. Os cientistas dizem que ainda não entendem totalmente como esse musgo pode sobreviver sob a espessa cobertura de neve do inverno sem luz solar e temperaturas abaixo de zero. 

Todavia, acredita-se que o musgo seca e torna-se totalmente dormente durante este período, germinando novamente em meados de  setembro, quando começa a receber luz solar mais uma vez. O musgo seco e adormecido então absorve a água da neve derretida. 

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