Os agrotóxicos são substâncias químicas sintéticas consideradas de grande importância para o desenvolvimento da agricultura. Porém, seu uso massivo prejudica a saúde humana e o meio ambiente.
O debate é extremamente atual e, desse modo, muito cobrado em vestibulares, assim como no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
Nesse sentido, não há como deixar o tema de lado em seus estudos, não é mesmo? Confira um panorama sobre o assunto.
História dos Agrotóxicos
O químico austríaco Othmar Zeidler (1850 – 1911) desenvolveu os agrotóxicos no século XIX. Entretanto, a descoberta das características pesticidas ocorreu somente em 1939.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a saber, protegiam a vida dos soldados contra a proliferação de doenças causadas por insetos, principalmente a malária.
Tempos depois, seu uso se estendeu para a agricultura, pois descobriu-se o bom resultado no combate a pragas, insetos e plantas “daninhas”.
Tipos
Pode-se definir a classificação toxicológica dos agrotóxicos em:
I – Extremamente tóxico
II – Altamente tóxico
III – Medianamente tóxico
IV – Pouco tóxico
Classificação dos agrotóxicos:
Inseticidas: Para combater insetos e pragas nas plantações
Herbicidas: Sua utilização ajuda a eliminar as plantas danosas para o plantio.
Bactericidas: Utilizado para controlar as bactérias que podem danificar as plantações
Fungicidas: Para usar no controle de fungos na plantação
Revolução Verde: Como o tema pode ser cobrado no vestibular e ENEM
Vantagens e Desvantagens
A principal vantagem do agrotóxico está no aumento da produção, derivada do controle de pragas e doenças que ele consegue proporcionar.
Já a desvantagem do uso dos agrotóxicos, associa-se ao desequilíbrio ambiental, assim como ao desenvolvimento de doenças.
A saber, sua utilização polui o solo, as águas e pode causar estragos sem volta ao meio ambiente. Desse modo, pode corroborar para o desequilíbrio de ecossistemas e da fauna e flora de determinada região.
Agrotóxicos nos alimentos
Quando utilizados nos sistemas agrícolas de forma direta, a saber, os agrotóxicos permanecem nos alimentos, mesmo depois de passarem por uma higienização.
Desse modo, fica entendido que os humanos ingerem boa parte dessa substância. E o uso contínuo desse tipo de produto pode levar a distúrbios e desenvolvimento de doenças.
Em decorrência disso, a sociedade vive em um constante debate. Afinal, muitas pessoas defendem o uso dos agrotóxicos alegando que sem o seu uso, poderá faltar alimento para população.
Por outro lado, uma parcela da população não vê com bons olhos sua utilização, justamente por ele afetar o meio ambiente e a saúde humana.
Nesse sentido, muito se discute sobre a diminuição do uso deles no Brasil por exemplo. Porém, o país sofre com uma terrível falta de fiscalização, que poderia medir a quantidade permitida , além das vendas ilegais deste produto.
A fiscalização fica a cargo da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária que criou o PARA – Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, que busca a quantidade permitida de agrotóxico nas plantações de acordo com LMR – Limite Máximo de Resíduo.
Doenças causadas por agrotóxicos
Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, milhares de mortes ocorrem todo ano por causa do uso indevido de agrotóxicos.
Dentre as doenças causadas pela intoxicação por agrotóxicos, podemos citar:
- Câncer e paralisia;
- Problemas neurológicos e cognitivos;
- Dificuldades respiratórias;
- Irritações na pele e alergias;
- Aborto e má formação do feto.
Uma parcela da população sofre bastante com o uso dos agrotóxicos, estamos falando dos trabalhadores rurais que muitas vezes manuseiam produtos sem a proteção adequada.