As Revoltas Estudantis de maio de 1968 na França fazem parte de um contexto histórico mundial de tensões e de revoltas.
Dessa maneira, não é de surpreender que o assunto e seu contexto sejam tão cobrados nas principais provas do país, com um grande destaque para os vestibulares.
Assim, é fundamental que você domine as principais características dos movimentos estudantis de 1968 para garantir um bom desempenho em suas provas.
Os eventos que ocorreram no mês de maio de 1968 podem ser chamados também de “Maio de 68” ou de “Maio Francês”. As expressões se referem aos movimentos que aconteceram em todo o mundo nesse período. As primeiras manifestações se iniciaram em uma universidade que se localiza nos arredores de Paris.
Os movimentos foram marcados especialmente pelo protagonismo dos estudantes e dos jovens que se uniram para questionar as estruturas sociais da época e uma série de outros problemas, como a Guerra Fria e a globalização.
Em 1968, o mundo inteiro passava por movimentos revolucionários. Podemos destacar, por exemplo, as dezenas de manifestações que ocorriam nos Estados Unidos na época, com o objetivo de protestar contra a Guerra do Vietnã, ocorrida entre 1955 e 1975. Os primeiros movimentos foram causados pela divulgação das imagens violentas da guerra.
Além disso, no mesmo ano, o líder negro Martin Luther King foi assassinado e a Primavera de Praga, que buscava questionar o autoritarismo soviético, ocorreu na Tchecoslováquia. Ainda, na década de 60 diversos conflitos aconteciam no continente africano, com o objetivo de alcançar a descolonização. Na América do Sul, manifestações contra as ditaduras militares se tornaram muito comuns no mesmo período.
Todo esse contexto de questionamento e oposição serviu de inspiração para os franceses.
O mês de maio do ano de 1968 foi o mês das manifestações estudantis e dos movimentos de trabalhadores que aconteceram na cidade de Paris, França. Inicialmente, o movimento tinha como objetivo questionar o modelo educacional vigente e pedir por uma educação melhor e mais adequada à época. Porém, em pouco tempo se espalhou pelo país inteiro e ameaçou a estabilidade da Quinta República Francesa, iniciada em 1958.
As manifestações que ocorriam em todo o mundo, na época, influenciaram o desejo dos jovens estudantes franceses em se manifestar. Assim, a busca por reformas educacionais foi o pretexto encontrado para iniciar os movimentos. Isso porque, o ensino era considerado ultrapassado pelos estudantes e não era mais adequado para a formação dos jovens franceses.
Além disso, os estudantes denunciavam a falta de vagas no mercado de trabalho para jovens qualificados. Eles também se opunham à falsa neutralidade do conhecimento e criticavam a presença de professores ligados ao governo na Universidade de Paris, local em que a revolta se iniciou, no dia 2 de maio de 1968. Os jovens também acusavam o presidente Charles De Gaulle de autoritarismo e de censura. Diversos intelectuais da época integraram o movimento, como o filósofo Jean Paul Sartre.
Os trabalhadores, que depois integrariam o movimento, se queixavam do crescimento do desemprego e da precarização do trabalho. Com o ingresso de uma grande quantidade de operários e demais membros do proletariado francês, os sindicatos de toda a França convocaram greves. Os resultados foram impressionantes: mais de dez milhões de trabalhadores aderiram à greve.
Durante os diversos conflitos ocorridos em todo o país, muitos estudantes e trabalhadores foram feridos e presos. No entanto, os manifestantes conseguiram alcançar algumas mudanças, como, por exemplo, o aumento de 35% do salário mínimo.
O presidente Charles De Gaulle não renunciou imediatamente: ele o faria somente no ano seguinte (1969). As manifestações continuaram até o ano de 1970, porém não conseguiram conquistar mais mudanças na política. Segundo alguns historiadores, isso aconteceu porque os trabalhadores queriam apenas melhorias salariais e não a mudança no sistema como os estudantes.