As expectativas de inflação e o movimento verificado da taxa Selic 

O principal fator para o comportamento da inflação atual é o movimento verificado da taxa Selic. Veja mais análises do Banco Central!

Conforme análise oficial do Banco Central do Brasil (BCB), o principal fator para o comportamento da inflação atual é o movimento verificado da taxa Selic (elevação total de 8,75 p.p. ocorrida desde a reunião de março de 2021 até a de fevereiro de 2022) e sua trajetória futura extraída da pesquisa Focus, que apresenta continuação da elevação até junho de 2022 e queda a partir do início do ano seguinte.

As expectativas de inflação e o movimento verificado da taxa Selic 

Considerando a taxa Selic acumulada quatro trimestres à frente, descontada das expectativas de inflação, ambas extraídas da pesquisa Focus e medidas em termos de médias trimestrais, observa- se novo crescimento ao longo do horizonte de projeção, informa o Banco Central do Brasil (BCB).

O crescimento mais acentuado da trajetória da Selic nominal 

Esse comportamento reflete o crescimento mais acentuado da trajetória da Selic nominal em comparação com o aumento das expectativas de inflação na medida considerada. Em outras palavras, o deslocamento da curva de juros nominal da pesquisa Focus também significou elevação da taxa de juros real. 

Nessa métrica, depois de atingir o valor de -1,3% no último trimestre de 2020, a taxa de juros real entra em trajetória rapidamente ascendente, alcançando pico de 7,1% no terceiro trimestre de 2022. 

Taxa real neutra

De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), depois entra em queda, atingindo 4,8% ao fim de 2023 e 4,2% no final de 2024, acima ainda da taxa real neutra considerada, de 3,5% a.a.

Os níveis de incerteza na economia

Os níveis de incerteza na economia têm pesado negativamente sobre o hiato do produto. No final do ano passado e início deste ano, a incerteza foi afetada pela nova onda da pandemia da Covid-19, com o surgimento da variante Ômicron, mas com efeitos preponderantemente de curto prazo em função da reversão da onda de infecções ainda no primeiro trimestre do ano, avalia o Banco Central do Brasil (BCB) em documento oficial.

O fim dos estímulos monetários nos países avançados

A inflação elevada e questões associadas ao fim dos estímulos monetários nos países avançados surgem como elementos de incerteza. Mais recentemente, o quadro passou a ser dominado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, analisa o Banco Central do Brasil (BCB) em sua plataforma oficial, conforme recente divulgação (março/2022).

O comportamento da incerteza dependerá também da avaliação sobre a trajetória de variáveis fiscais domésticas, como o gasto público, o resultado primário e a dívida pública. As condições financeiras, depois de leve afrouxamento em dezembro de 2021, ficaram mais restritivas nos meses seguintes, especialmente após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, como refletido no Indicador de Condições Financeiras (ICF), calculado pelo próprio Banco Central do Brasil (BCB).

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