Em pesquisa recente foi possível confirmar que a aposentadoria é uma grande preocupações de brasileiros.
O estudo é da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) encomendado ao instituto Datafolha no mês de julho.
Trata-se de “A Percepção dos Brasileiros sobre os Seguros Pessoais e Planos de Previdência”, que se encontra em sua segunda edição. A primeira foi em dezembro de 2021.
Assim, em julho de 2023, o Datafolha consultou mais de 2.000 pessoas de ambos os sexos em todas as regiões do Brasil.
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O objetivo da pesquisa, segundo a Fenaprevi, é de compreender a visão do consumidor em relação aos seguros de pessoas e planos previdenciários, assim como entender o planejamento financeiro do cidadão brasileiro.
Trabalhadores receberão benefícios do INSS
Segundo o levantamento, 4 em cada 10 cidadãos brasileiros esperam viver somente com o benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) quando se aposentarem. Deste número, 34% deles sabem que a quantia da Previdência Social deve contar com o valor médio de R$ 2.006.
Além disso, o estudo indica também um aumento do número de pessoas que acreditam que irão contar somente com os valores do INSS.
Assim, a grande maioria dos cidadãos da pesquisa (57%) tem o objetivo de diminuir seus gastos para se adequar ao valor que receberá no futuro. Ademais, 55% dos entrevistados se planejam para solicitar sua aposentadoria no INSS aos 60 anos de idade.
Outro ponto, ainda, diz respeito sobre mulheres que têm mais quantias do INSS em comparação com os homens, que disseram possuir outras fontes de renda como bens, negócios ou aluguéis de imóveis.
Muitos temem não conseguir aposentadoria
Mesmo com a intenção de se aposentar aos 60 anos, muitos entrevistados temem por não conseguir solicitar sua aposentadoria.
Através da Reforma da Previdência, do ano de 2019, ocorreu o adiamento das solicitações de muitos cidadãos, em razão das alterações das regras.
Neste caso, os solicitantes acabaram sendo contemplados pela regra de transição, tendo que aguardar mais alguns anos para se aposentarem. Desta forma, a idade mínima para aposentadoria é de 62 anos para mulheres e 65 para homens.
Portanto, é importante se planejar para conseguir fazer uma reserva financeira a fim de manter a qualidade de vida, após a solicitação da aposentadoria, mesmo que isso resulte em uma renda menor.
Outro ponto importante da pesquisa é a importância da contribuição ao INSS.
Nesse sentido, o estudo destacou que, além dos impactos de saúde, a pandemia de Covid-19 acabou deixando grandes danos financeiros a maioria dos brasileiros.
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Entre os entrevistados, 41% destacaram que acabaram sendo afetados financeiramente pela ação da pandemia no país.
Como usar o simulador de aposentadoria do INSS?
Após a implantação da Reforma da Previdência, do ano de 2019, muitos fatores acabaram mudando na solicitação das aposentadorias no país.
Desta forma, para sanar algumas dúvidas dos brasileiros, o INSS conta com um simulador para ajudar aqueles que querem saber os valores do benefício.
De acordo com o órgão, a ferramenta fica indisponível a cada alteração na legislação que regulamenta o processo de cálculo do benefício. Após a implementação da reforma previdenciária de 2019, inclusive, o simulador acabou ficando sem funcionamento entre novembro daquele ano até setembro de 2020.
Atualmente, a plataforma informa se o cidadão possui direito à aposentadoria através das duas regras anteriores à reforma e também pelas cinco regras de transição, atém de simular o valor.
Contudo, o simulador ainda não conta com a regra permanente de solicitação da aposentadoria, ou seja, para aqueles que passaram a contribuir depois de 2019.
Como simular aposentadoria?
A primeira etapa é de chegar os dados do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), pois a plataforma usa da base de informações do INSS para a realização do processo de simulação da aposentadoria.
Desta maneira, o trabalhador deverá checar se todos os dados no CNIS estão corretos. Isto é, como informações pessoais, datas de admissão e demissão e salários, por exemplo.
Confira os passos necessários para se utilizar a ferramenta no site do INSS:
- Clique no botão “Entrar com gov.br“, informe o CPF e a senha de usuário;
- No campo de pesquisa “Do que você precisa?” digite “Simular aposentadoria”;
- No topo da página, o INSS mostrará seus dados pessoais. Caso estejam errados, eles podem ser modificados, selecionando o desenho do lápis à direita;
- Logo abaixo é exibido o período de contribuição de cada cidadão. Ao clicar no lápis que está no canto direito, você terá acesso às contribuições ao INSS, seja pelo empregador ou por conta própria.
- É possível também adicionar períodos que não estejam presentes, mas eles serão incluídos somente para a simulação;
- Em seguida, a simulação irá mostrar as duas regras adotadas anteriormente à reforma de 2019, por idade e por tempo de contribuição, as cinco regras de transição, pontos, idade mínima, idade progressiva, pedágio de 50% e de 100%, e indica se o solicitante possui direito ou não à aposentadoria, trazendo informações sobre cada item nas regras (tempo de contribuição, idade, prazo de carência e pontos, por exemplo).
É importante pontuar, contudo, que o fato de um ou mais itens terem sido cumpridos não significa que a pessoa terá direito à aposentadoria.
Assim, em cada regra, é possível ser detalhes sobre os critérios que ainda faltam para que a pessoa alcance as condições necessárias.
Como é a regra atual?
Após a Reforma da Previdência, os cidadãos que iniciaram com suas contribuições após sua realização necessitam de cumprir os requisitos específicas para solicitarem sua aposentadoria.
Nesse sentido, é necessário:
- Homem: 65 anos de idade e pelo menos 20 anos de contribuição ao INSS;
- Mulher: 62 anos de idade e pelo menos 15 anos de contribuição ao INSS.
Por exemplo, se uma mulher começou a contribuir em janeiro de 2020, a mesma só poderá solicitar sua aposentadoria a partir do mês de janeiro de 2035, caso tenha contribuído todos os meses e que tenha 62 anos de idade.
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No entanto, é importante lembrar que podem ocorrer algumas mudanças a depender de cada caso. Além disso, o trabalhador deve ter todas essas informações comprovadas para que a aposentadoria tenha autorização.