Flavio Anastacio de Oliveira Camargo, diretor de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pediu demissão na terça-feira (14). Por isso, algumas semanas após perder 114 pesquisadores, o fato configura uma nova fase na crise da entidade, pois é a primeira renúncia de um funcionário do alto escalão da autarquia.
Apesar da diferença, todas essas pessoas eram atuantes nas avaliações dos cursos de mestrado e doutorado no país, assim como dos cursos que necessitavam de permissão para iniciarem.
Camargo alegou, em carta de exoneração enviada à direção da Capes, que não vinha se sentindo à vontade em seu cargo. “Não me sinto confortável na posição e penso que não será benéfica para o SNPG (Sistema Nacional de Pós-Graduação) a minha permanência”, disse ele. Segundo o G1, o ex-diretor estava no cargo desde setembro de 2020.
A Capes é o órgão com a função de avaliar cursos brasileiros de pós-graduação stricto senso (mestrado e doutorado). Seu funcionamento está ligado ao MEC (Ministério da Educação).
Capes se pronuncia acerca de demissões
A Capes divulgou, em nota desta quarta-feira (15), agradecimentos e considerações em relação ao desempenho de Camargo.
A menção foi por “seu trabalho e dedicação” enquanto diretor de avaliação. Em seguida, a entidade informou a determinação de substituição de quatro coordenadores de áreas da avaliação, que também renunciaram há pouco tempo.
Além disso, a presidente da organização, Cláudia Queda de Toledo, enfatizou a ligação com o Sistema Nacional de Pós-Graduação.
“Para a segurança da academia e a estabilidade de todo sistema, indicarei com muita cautela o nome de um ou uma grande cientista, a fim de que a academia se sinta muito segura na condução do processo de avaliação, que é a meta inarredável da minha presidência”, escreveu a presidente.
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