Apoio de Lira faz prorrogação do auxílio emergencial ficar mais próxima
Nos últimos dias, a prorrogação do auxílio emergencial passou a ser defendida pelos dois principais candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, Baleia Rossi, do MDB-SP, e Arthur Lira, do PP-AL. Os dois têm discurso favorável ao retorno do programa em 2021, desde que seja respeitado o teto de gastos e o orçamento para o ano. O programa foi criado para ajudar trabalhadores informais, que tiveram a renda comprometida durante a pandemia do novo coronavírus.
Baleia Rossi tinha o discurso de defesa da volta do auxílio desde o início de sua candidatura. A prorrogação do auxílio é um dos compromissos que Baleia Rossi firmou ao se aliar com partidos de esquerda, como PT e PDT. “Por isso é tão importante voltarmos a olhar a nossa pauta com responsabilidade fiscal, votando reformas importantes e também, porque não, voltar a debater o auxílio emergencial. A pandemia não acabou. O ano passado parecia que nós íamos virar o ano e a pandemia ia acabar. Essa não é a realidade. E nós temos hoje milhões de brasileiros que vão deixar de receber o auxílio emergencial e vão voltar a ter grandes dificuldades”, disse ele.
Já nessa última semana, foi a fez de Arthur Lira aderir ao discurso de retorno do auxílio. Para ele, o programa pode ser aprovado, dependendo do número de parcelas pagas, valor e orçamento aprovado. Lira afirma que a volta do auxílio pode ser necessária “até que se vote um novo programa permanente”.
O candidato explicou que a criação de um novo programa de renda deve ficar condicionada à aprovação da PEC Emergencial, que tem como proposta reduzir gastos públicos com medidas como a diminuição do salário de servidores, fim de municípios e suspensão de concursos públicos.
Com a pressão sendo feita por todos os lados, especialmente por partidos de esquerda, o Ministério da Economia já cogita o retorno do auxílio, mas com parcelas abaixo de R$ 300. O ministro Paulo Guedes já chegou a falar publicamente sobre a chance de extensão do programa, mas nenhum movimento real foi feito até agora.
Já o presidente Jair Bolsonaro afirmou no último dia 7, para apoiadores, que não seria possível continuar com o programa. Na época, o presidente ironizou que, “se pagar R$ 5 mil por mês para a população, ninguém mais vai trabalhar”.