A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por regular e fiscalizar o setor energético no Brasil, está prestes a adotar medidas que buscam aumentar a transparência e a compreensão pública das variações nas tarifas de energia elétrica.
Tornando os aumentos de energia mais transparentes: Aneel deverá publicar relatórios acessíveis
Nesta terça-feira, dia 15, o Projeto de Lei 4.239/2021 foi aprovado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado. Assim, pavimentando o caminho para que a agência explique regularmente, em linguagem acessível, os motivos por trás dos aumentos de energia.
Legislação para uma maior compreensão
O projeto, proposto pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), procura assegurar que a Aneel disponibilize relatórios que esclareçam as razões por trás das variações nas tarifas de energia elétrica. Em suma, essa medida tem como objetivo aumentar a compreensão do público. Considerando a flutuação dos preços da energia elétrica e quais fatores contribuem para essas mudanças.
O relatório favorável foi redigido pelo senador Jaime Bagattoli (PL-RO), que incluiu uma emenda de redação no texto. A proposta foi apresentada na comissão pelo senador Jayme Campos (União-MT), que elogiou a iniciativa. Assim, destacando que a presença anterior dos diretores da Aneel em audiências gerou mais dúvidas do que esclarecimentos.
Além disso, ele levantou questões como a razão pela qual o preço da energia continua subindo. Bem como, os motivos pelos quais algumas regiões sofrem com deficiências energéticas significativas em contraste com outras áreas mais abastecidas.
Transparência para a população
Para abordar essas preocupações e promover uma maior compreensão das tarifas de energia elétrica, o projeto de lei propõe que a Aneel disponibilize dois tipos de relatórios em seu site oficial. Primeiramente, sempre que houver um reajuste nas tarifas, a agência deverá fornecer um relatório explicando as razões subjacentes a essa variação.
Em segundo lugar, anualmente, em março, a Aneel deverá publicar um relatório. Assim, detalhando as discrepâncias entre as tarifas praticadas pelas diferentes prestadoras de serviços de energia elétrica. Em suma, esse relatório também abordará as medidas adotadas pela agência para reduzir essas discrepâncias e conter aumentos, bem como o impacto dessas medidas.
A importância do controle social
O senador Amin destaca que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) já sugeriu uma série de medidas para melhorar a governança da Aneel. Desse modo, com ênfase na necessidade de garantir a igualdade de condições na participação das partes interessadas no processo regulatório e fortalecer os indicadores de desempenho.
Contudo, ele observa que a população muitas vezes encontra dificuldades em compreender o complexo sistema de regulação das tarifas de energia elétrica. Sendo assim, esse fato prejudica o controle social sobre esse processo. O relator do projeto, senador Bagattoli, acredita que uma das formas de conter abusos e distorções na atuação das agências reguladoras é através do controle social exercido pela população.
Uma vez que ele enfatiza que para que os cidadãos possam efetivamente fiscalizar as ações das agências, é essencial que eles entendam os assuntos em discussão. Bagattoli ressalta que muitos têm uma percepção justificada de que as tarifas de energia elétrica são elevadas. Contudo, frequentemente falta compreensão sobre as causas subjacentes a esses aumentos.
Superando desafios e promovendo a participação pública
O projeto de lei representa um passo significativo em direção à criação de um sistema mais transparente em relação às tarifas de energia elétrica. Já que ao garantir que a Aneel divulgue informações em linguagem acessível ao público, os cidadãos terão a oportunidade de entender melhor as flutuações nos preços da energia elétrica.
Além disso, a proposta também sublinha a importância do envolvimento ativo da população no processo regulatório. Assim, permitindo que todos os cidadãos desempenhem um papel fundamental na fiscalização das agências reguladoras.