Em uma decisão inédita, a renomada varejista brasileira, Americanas, fechou mais de 50 lojas nos primeiros seis meses de 2023, resultando na perda de 11% de seus clientes. A empresa, que está em recuperação judicial, está enfrentando a maior crise de sua história. Esta mudança marca uma nova era na história da varejista que tem sido um pilar do varejo brasileiro há décadas.
Decisão inédita de fechar lojas
De janeiro a junho deste ano, a Americanas encerrou operações em 52 de suas lojas. Inicialmente, a varejista fechou 38 lojas de janeiro a maio, e o número continuou a crescer, resultando no encerramento total de 52 estabelecimentos. Esta é uma decisão sem precedentes para a empresa, que era anteriormente conhecida por sua vasta presença em todo o Brasil.
Os fechamentos de lojas foram um choque para muitos, dado o status icônico da Americanas no cenário do varejo brasileiro. No final de junho de 2023, a Americanas contava com 1.830 lojas em funcionamento, um declínio significativo, considerando que a empresa já era dominante no mercado de varejo.
Impacto no número de clientes
O encerramento de tantas lojas teve um impacto direto no número de clientes ativos da Americanas. Nos primeiros seis meses do ano, a varejista perdeu 11,1% de seus clientes. A queda foi especialmente acentuada em junho, quando a empresa registrou uma diminuição de 13,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Essa perda de clientes tem consequências significativas para a base de clientes da Americanas. Sendo uma das maiores varejistas do país, a empresa tem enfrentado dificuldades para manter sua base de clientes enquanto passa por esse período de instabilidade.
Situação financeira
A situação financeira da Americanas é outra preocupação significativa. Em junho, a dívida da empresa era de R$ 20,613 bilhões, um valor que não inclui o endividamento bancário. Além disso, o caixa disponível da Americanas era de R$ 1,464 bilhões no final de junho, 28% a menos do que o saldo registrado no mesmo período de 2022.
Esses números refletem a situação financeira precária da Americanas e destacam a urgência da necessidade de uma estratégia eficaz de recuperação.
A Crise da Americanas
A crise da Americanas tornou-se pública em janeiro deste ano quando foi revelado um rombo contábil bilionário estimado em R$ 25 bilhões nos balanços da empresa. A nova gestão da Americanas tem se referido a este episódio como uma “fraude”.
A empresa está atualmente em recuperação judicial, negociando um plano de pagamento para os credores, muitos dos quais expressaram insatisfação com os termos apresentados.
Com todas essas lutas, a Americanas está em um ponto de inflexão crucial. O futuro da empresa depende de como ela irá gerenciar seus problemas atuais e planejar seu caminho para a recuperação.