Alunos brasileiros pobres têm mais chances de reprovar, aponta OCDE

Divulgados na última quarta-feira, dia 30 de junho, relatórios da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelam que, no Brasil, alunos pobres têm maiores chances de reprovar de ano na escola. 

Os dados da OCDE indicam que o risco de reprovação dos alunos com “histórico socioeconômico mais baixo” é duas vezes maior durante o Ensino Fundamental 2 do que estudantes ricos. De acordo com a análise, alunos pobres têm 28% de probabilidade de ter repetido pelo menos um dos anos finais do fundamental (6º ao 9º ano) contra 13% para os estudantes com boas condições financeiras. 

O estudo foi feito em parceria com o Itaú Social e com a organização Todos pela Educação. Os dados da pesquisa são de 2018, portanto são anteriores à pandemia.

Educação no Brasil tem ‘problemas na equidade’

Além de dados sobre a reprovação, o estudo aponta outras disparidades da realidade educacional do Brasil. Desse modo, o líder de políticas educacionais do Todos pela Educação, Gabriel Corrêa, reflete sobre os resultados:

“O estudo aponta que o Brasil tem problemas enormes na equidade da sua educação e isso se reflete nas diferentes condições que alunos têm. É uma questão regional, é uma questão para alunos pretos e pardos e para estudantes que estão em escolas que oferecem menor qualidade. Isso influencia o futuro.”

Os relatórios da OCDE trazem ainda dados sobre a evasão escolar, problema que tem atingido as escolas brasileiras em grande escala. Assim, o estudo mostra que 47% das pessoas entre 25 e 64 anos não havia concluído o Ensino Médio no Brasil no ano de 2018.

Desse modo, o índice de evasão no Brasil é mais que o dobro da média da OCDE (22%), que considera dados dos 38 países que fazem parte da organização.

Confira mais detalhes no site da OCDE.

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