O Rio Grande do Sul enfrenta uma das piores crises climáticas da sua história, com chuvas intensas, enchentes, deslizamentos e a passagem de um ciclone que deixou um rastro de mortes e destruição.
Neste artigo, vamos abordar a situação atual do estado, os impactos do fenômeno meteorológico e as previsões para os próximos dias, que indicam a possibilidade de novas tempestades e a formação de um novo ciclone extratropical.
O ciclone provocou chuvas torrenciais, alagamentos, inundações, desabamentos, quedas de árvores e postes, cortes de energia e interrupções de serviços essenciais. Aliás, de acordo com a Defesa Civil, o ciclone deixou 41 mortes confirmadas até o dia 8 de setembro. Além disso, teve 46 desaparecidos e cerca de 10,8 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas.
Quais foram as regiões mais afetadas pelo ciclone no Rio Grande do Sul?
O ciclone afetou praticamente todo o território gaúcho, mas algumas regiões sofreram mais do que outras com os efeitos da tempestade. Aliás, as áreas mais atingidas foram a Fronteira Oeste, a Campanha, a Região Central e o Sul do estado, onde ocorreram as maiores precipitações e os maiores estragos.
Algumas das cidades mais afetadas foram Muçum, Lajeado, Arroio do Meio, Roca Sales, Montenegro, Pareci Novo e Jaguarão. Sendo assim, nessas localidades, houve casos de afogamento, descarga elétrica, queda em resgate e soterramento.
Além disso, muitos rios transbordaram e invadiram as áreas urbanas e rurais, causando danos materiais e ambientais. Por exemplo, o Rio Caí, que chegou a alcançar 13,5 metros, mais de 3 metros acima da cota de inundação.
Quais são as medidas de socorro e prevenção adotadas pelo governo estadual e federal?
Diante da gravidade da situação, o governo estadual e federal mobilizou equipes de emergência para auxiliar as vítimas do ciclone e minimizar os impactos da tragédia. Assim, entre as medidas adotadas estão:
- A decretação de situação de emergência em 135 municípios afetados pelo ciclone;
- A distribuição de cestas básicas, kits de higiene, colchões, cobertores, lonas e água potável para as famílias desalojadas ou desabrigadas;
- A liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores que tiveram suas residências danificadas pelo ciclone;
- A disponibilização de linhas de crédito especiais para os agricultores e pecuaristas que perderam suas lavouras e rebanhos pelo ciclone;
- A realização de obras de recuperação da infraestrutura e da rede elétrica nas áreas afetadas pelo ciclone;
- Por fim, a visita do presidente Geraldo Alckmin ao estado no dia 10 de setembro, para acompanhar a situação. Além disso, ele anunciou o repasse de R$ 800 por pessoa afetada pelo ciclone às prefeituras.
Qual é a previsão do tempo para os próximos dias no Rio Grande do Sul?
Infelizmente, a previsão do tempo para os próximos dias no Rio Grande do Sul não é nada animadora. Pois, segundo o INMET, há um alerta laranja de perigo para tempestade no estado, Santa Catarina e Paraná até o final da quarta-feira, 13 de setembro.
Ainda, há a possibilidade de novas chuvas intensas, ventos fortes, granizo e risco de alagamentos, enxurradas, deslizamentos e quedas de árvores. Além disso, há a previsão de formação de um novo ciclone extratropical a partir de um sistema de baixa pressão que se intensificará na quarta-feira. Consequentemente, trazendo mais instabilidade e turbulência para o estado.
Como será o novo ciclone extratropical que se aproxima do Rio Grande do Sul?
O novo ciclone extratropical que se aproxima do Rio Grande do Sul é um sistema de baixa pressão atmosférica. Assim, tem como características os ventos fortes, nuvens carregadas e chuvas intensas, que podem causar estragos em áreas costeiras e continentais.
O novo ciclone extratropical se forma entre a costa do Rio Grande do Sul e do Uruguai. Enquanto, na sexta-feira, a formação do ciclone provoca chuva forte com risco de temporais em áreas da Região Sul do Brasil e também no sul de Mato Grosso do Sul.
Já no sábado (19), o ciclone se desloca para o oceano Atlântico, mas ainda influencia o tempo no Rio Grande do Sul. Logo, provocando mais chuva e ventania, podendo afetar a faixa litorânea entre os estados do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, entre Chuí (RS) e Macaé (RJ).
Qual é a chance de destruição do novo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul?
A chance de destruição do novo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul é alta, considerando que o estado já está fragilizado pelos danos causados pelo ciclone anterior. Aliás, o novo ciclone pode trazer mais chuva e vento para as regiões que já passaram por alagamento, inundações e desabamentos. Consequentemente, agravando ainda mais a situação das vítimas e dificultando os trabalhos de socorro e recuperação.
Além disso, o novo ciclone pode causar novos desastres naturais, como granizo, raios, enxurradas e deslizamentos.