A recente alta dos preços do petróleo permitiu uma redução do déficit fiscal de países produtores na Opep+, reduzindo a pressão de aumentar a produção no curto prazo, destaca o Ministério de Minas e Energia (MME).
A redução do déficit fiscal de países produtores na Opep+
Conforme informações oficiais, os persistentes efeitos da pandemia, conjugados à ameaça de uma nova guerra de preços no caso de violações das cotas e à potencial perda com preços muito baixos ou muito elevados, explicam a alta conformidade dos países integrantes da Opep+.
Consequências dos baixos preços para os países da Opep+:
- Déficits fiscais devido à elevada dependência das receitas petrolíferas;
- Redução de subsídios e gastos públicos podem causar insatisfação e instabilidade política.
Consequências dos altos preços para os países da Opep+:
- Destruição de demanda de petróleo;
- Aumento de incentivos e de investimentos em energias renováveis, eficiência energética e combustíveis alternativos;
- Aplicação de legislação de defesa da concorrência (NOPEC) nos EUA;
- Incremento da produção em países não-Opep.
Conforme informações oficiais do Ministério de Minas e Energia (MME), breakeven fiscal é o preço de petróleo que equilibra o orçamento de cada governo. Assim sendo, os maiores gastos sociais e dependência elevam esse preço.
Mudanças climáticas e transição energética
Conforme o relatório mais recente do IPCC, “é inequívoca a influência humana sobre o aquecimento global e as mudanças rápidas e disseminadas na atmosfera, oceanos, criosfera e biosfera”.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), as elevações de mais de 1 oC são incontornáveis em qualquer cenário, aumentando a frequência, intensidade e persistência dos eventos climáticos extremos. Limitar o impacto humano no clima significa reduzir as emissões cumulativas de CO2, o que explica a busca pelo net-zero.
A necessidade de uma transição energética
Uma transição energética que promova a descarbonização e a redução da escassez energética não ocorrerá facilmente sem a presença de combustíveis fósseis na matriz por décadas, analisa o Ministério de Minas e Energia (MME).
Investimentos
A Agência Internacional de Energia (IEA) publicou um roteiro net-zero até 2050, que prevê que investimentos em novos ativos de óleo e gás não serão necessários nesse cenário.
O Ministério de Minas e Energia (MME) destaca que a transição energética tem ganhado ainda mais relevância recentemente, com majors sendo pressionadas a cortar suas emissões e países se comprometendo a agir.
Investimentos globais em upstream e disciplina financeira
Os investimentos em E&P se reduziram muito em 2020, e os planos das empresas petrolíferas globais continuam a indicar uma certa resistência na aprovação de novos grandes projetos, destaca o Ministério de Minas e Energia (MME).