A primeira BOA NOTÍCIA de 2023 nos preços dos produtos acaba de sair

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, apresentou uma deflação de 0,08% no mês de junho, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa foi a primeira deflação registrada desde setembro de 2022, quando houve uma queda de 0,29% nos preços ao consumidor. Além disso, a variação de junho foi a menor desde 2017, quando os preços recuaram 0,23%. No mesmo período do ano passado, o IPCA teve um aumento de 0,67%.

Desaceleração gradual desde fevereiro

Desde fevereiro, o IPCA vem apresentando uma desaceleração gradual. Em maio, o indicador teve um avanço de 0,23%, ficando abaixo das expectativas do mercado. Com isso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses no país chega a 3,16%, e no ano, a alta acumulada é de 2,87%.

Queda nos grupos de alimentação e transportes

Conforme dados oficiais, no mês de junho, quatro dos nove grupos que compõem o IPCA apresentaram queda. Desse modo, os grupos que mais contribuíram para essa redução foram alimentação e bebidas, com uma queda de 0,66%, seguido por transportes, com uma queda de 0,41%.

IPCA registra primeira deflação em 2023
IPCA registra primeira deflação em 2023. Imagem: Canva

Alimentação no domicílio lidera queda

Em suma, dentro do grupo de Alimentação e bebidas, a maior queda foi observada em Alimentação no domicílio, que acumulou uma queda de 1,07% no mês. Dessa forma, o principal item que influenciou essa deflação foi o óleo de soja, com uma redução de 8,96%, impulsionada pela queda nos preços de grãos e outras commodities alimentícias.

Também houve quedas relevantes nos preços de frutas (-3,38%), leite longa vida (-2,68%) e carnes (-2,10%). Já a alimentação fora de casa teve um aumento de 0,46%, porém, com uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando havia subido 0,58%.

Transportes com redução nos preços dos combustíveis

Já no grupo de Transportes, houve uma redução nos preços de todos os combustíveis, o que contribuiu para a queda neste grupo. Visto que a gasolina, que possui maior peso individual, teve uma redução de 1,14%.

Além disso, o óleo diesel caiu 6,68%, o etanol teve uma queda de 5,11% e o gás veicular apresentou uma baixa de 2,77%. No entanto, as passagens aéreas tiveram uma variação positiva, subindo 10,96% em junho, após uma queda de 17,73% em maio. As passagens aéreas e a energia elétrica residencial foram os itens que mais pressionaram o índice geral.

Carros zero com desconto

Contudo, no grupo de transportes, além da redução nos preços dos combustíveis, houve uma queda nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos automóveis usados (-0,93%).

Uma vez que a redução nos preços dos automóveis novos teve um impacto significativo no índice, com -0,09 ponto percentual. Em suma, essa redução nos preços é resultado do programa de descontos para carros populares do governo federal.

Desde o lançamento da iniciativa, no início de junho, foram vendidos mais de 125 mil veículos, totalizando um montante de R$ 650 milhões dos R$ 800 milhões previstos em descontos para essa modalidade. Em suma, sem essa redução nos preços dos automóveis, o IPCA de junho teria registrado um aumento de 0,03%.

Grupo saúde

Por fim, o grupo saúde e cuidados pessoais teve um aumento de 0,11%, sendo influenciado principalmente pelo aumento nos preços dos planos de saúde (0,38%), devido ao reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

De modo geral, é muito importante acompanhar os dados oficiais sobre a economia e a inflação, considerando que tais dados impactam diretamente o poder de consumo do cidadão.

Sendo assim, é viável acompanhar as informações oficiais dos sites do Governo, principalmente, considerando os dados oriundos do Banco Central do Brasil (BCB). Visto que a instituição publica as Atas oficiais das reuniões do Copom sobre a alteração ou manutenção da taxa Selic, a taxa básica de juros.

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