Os efeitos sobre as projeções são capturados por meio dos preços de ativos, do grau de incerteza, das expectativas apuradas pela pesquisa Focus e pelo seu efeito na taxa de juros estrutural da economia, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em divulgação oficial.
A política fiscal influencia as projeções condicionais de inflação por meio de impulsos sobre a demanda agregada, destaca o Banco Central do Brasil (BCB) em documento oficial divulgado em março deste ano.
Conforme divulgado no Relatório de Inflação de dezembro de 2021, na curva IS, a taxa Selic utilizada refere-se à trajetória um ano à frente. Portanto, a taxa de juros utilizada ao longo de 2024 depende também da trajetória da Selic ao longo de 2025.
O Banco Central do Brasil (BCB) ressalta que a construção da trajetória da taxa Selic nesse cenário utiliza interpolação para os meses em que a pesquisa não coleta os respectivos dados, considerando os valores de final de cada ano.
A inflação de 2021 foi bastante afetada pela forte elevação dos preços de bens transacionáveis em moeda local, em especial os preços de commodities; bandeira de energia elétrica de escassez hídrica; e desequilíbrios entre demanda e oferta de insumos e gargalos nas cadeias produtivas globais.
Em 2022, em virtude das condições pluviométricas favoráveis, espera-se que a energia elétrica seja um fator desinflacionário. Por outro lado, os preços de commodities voltaram a subir, principalmente em função do conflito entre Rússia e Ucrânia, com destaque especial para os preços do petróleo, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).
Considerando os valores do Brent vigentes durante a semana anterior à data das reuniões do Copom, o preço do petróleo, nesta última reunião, aumentou 38,0% na comparação com a reunião de fevereiro e 74,5% na comparação com a reunião de dezembro (Relatório de Inflação de dezembro/2021).
No mesmo critério, o IC-Br em dólar aumentou 13,7% e 24,7%, respectivamente. No sentido contrário, a moeda nacional apreciou 7,8% e 11,5%, amenizando somente parcialmente o crescimento do preço de commodities.
Por outro lado, os gargalos das cadeias produtivas globais ainda têm pressionado os índices de inflação e tendem a se agravar com o conflito entre Rússia e Ucrânia, analisa o Banco Central do Brasil (BCB). O hiato do produto é uma variável não observável, sujeita a elevada incerteza na sua mensuração, e é medido pelo BCB por meio de diferentes metodologias.
O Relatório do Banco Central do Brasil (BCB) apresenta o hiato estimado segundo metodologia baseada em estimação de modelo bayesiano. Nessa estimativa, o hiato do produto é uma variável não observável, cuja trajetória incorpora informação de quatro variáveis de atividade econômica, referentes ao produto na economia e à ociosidade dos fatores de produção.