Gasolina: Ministro volta a criticar política de preços da Petrobras

A nova decisão sobre a GASOLINA no Brasil que vai impactar os brasileiros de todo o país

Em entrevista, Alexandre Silveira voltou a dizer que é preciso alterar o formato da política de preços da Petrobras.

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a fazer críticas ao processo de formulação da política de preços da Petrobras. De acordo com ele, o atual formato de paridade internacional acaba prejudicando os mais pobres que precisam pagar preços mais caros na gasolina, etanol e consequentemente em uma série de outros produtos.

Silveira deu esta declaração em entrevista à CNN Brasil no último dia 19 de abril. Ele foi perguntado por jornalistas sobre as medidas que poderiam ser tomadas pelo Ministério para ajudar a baratear os preços das passagens de avião em todo o país. O chefe da pasta respondeu que a Petrobras precisa realizar uma mudança em sua política de preços, o que vai impactar os brasileiros.

Acho que é necessário rever essas questões, mas de uma forma mais, vamos dizer assim, mais estrutural e menos pontual“, disse Silveira. Para completar sua fala, ele ainda ressaltou:

Eu acho que a política de preços de uma empresa de capital aberto, que concorre no mercado com outras grandes petroleiras, inclusive com competitividade interna na questão dos refinados, porque foram vendidas refinarias, ela tem que discutir uma política de preços global”, afirmou ele.

Esta não é primeira vez que o Ministro fala sobre esse assunto. No início deste mês, Silveira disse que esperava que a Petrobras iniciasse os estudos em torno de uma mudança no sistema de paridade internacional. De acordo com ele, esta seria a melhor maneira de ajudar a diminuir o preço dos combustíveis.

O que esperamos da nova diretoria da Petrobras, só com a posição do Ministério de Minas e Energia, que é a posição construída pelo governo, é que já comece os estudos daquilo que é possível a Petrobras contribuir com o Brasil na questão do preço dos combustíveis”, disse ele.

O que eu digo é que na assembleia geral, no dia 27, e com os novos conselhos de Administração e Fiscal definidos, o governo federal, como acionista majoritário e como controlador da Petrobras, vai sim discutir qual será a melhor política de preços para a Petrobras cumprir sua função social”, declarou o Ministro.

Repercussão na bolsa

A declaração do Ministro já está surtindo efeito na bolsa de valores do Brasil. Os dados mais atualizados do dia 19 de abril mostram que as ações preferenciais e ordinárias de Petrobras (PETR4 e PETR3) estão operando em queda de 2,4% e 2,8% respectivamente.

É fato que parte desta queda também se deve à baixa do petróleo Brent. Seja como for, analistas também dizem que a declaração de Silveira preocupa agentes do mercado, que defendem a manutenção do sistema atual.

A política de preços da Petrobras

Mas afinal, o sistema de paridade de preços internacional usado hoje pela Petrobras para definir o valor do combustível é positivo ou não para o consumidor final? Abaixo, separamos os pontos positivos e negativos deste formato, segundo análise de especialistas.

Ponto positivo do PPI:

O sistema de PPI usado pela Petrobras toma como base as ações internacionais como um dos fatores do preço do combustível no Brasil. Por esta lógica, os valores seriam menos suscetíveis ao processo de mudanças esporádicas por pressões externas.

Um governo não poderia, por exemplo, segurar o preço da gasolina artificialmente, por exemplo. Analistas dizem que sem esta pressão do governo atual para conseguir popularidade, a economia do Brasil pode caminhar melhor, e beneficiar o consumidor final.

Ponto negativo do PPI:

Por outro lado, a manutenção do PPI da Petrobras também tem seu ponto negativo. Críticos afirmam que, por este sistema, os valores do combustível podem subir muito mais do que o esperado, sobretudo em momentos de instabilidade internacional, em que o preço do barril de petróleo sobe exponencialmente.

Vale lembrar que hoje tudo o que o mundo não tem é estabilidade. Há, por exemplo, uma guerra acontecendo envolvendo uma das maiores potências econômica e militares do mundo: a Rússia.

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