O PDE 2031 destaca a preponderância do transporte rodoviário em praticamente todos os grupos de cargas (exceto GSM e com importância menor em GL), conforme divulgação do Ministério de Minas e Energia (MME).
A distribuição espacial dos fluxos de cargas por peso no território nacional não se reflete nos fluxos de cargas por valor. A concentração dos valores está nas áreas no entorno, entre Curitiba e São Paulo, com certa extensão para Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Florianópolis e Porto Alegre, informa o documento oficial do Ministério de Minas e Energia (MME).
A atividade total do transporte de cargas, segmento menos afetado pela pandemia, deve aumentar 3,4%, entre 2021 e 2031, no cenário referencial. Esse crescimento é necessário para o escoamento da produção brasileira, oriundo principalmente do agronegócio, informa o Ministério de Minas e Energia (MME).
A recuperação do PIB per capita estimulará o desempenho de setores como o varejo e construção civil, demandantes intensivos por transporte rodoviário. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o aumento do trabalho remoto pode estimular o comércio eletrônico, o que, por sua vez, incentiva a demanda por transporte de cargas.
Em termos energéticos, entre 2021 e 2031, a demanda do transporte de cargas cresce em média 1,9% ao ano. A diferença em relação à taxa da atividade é explicada, em grande medida, pela expansão do modo ferroviário, que conta com um consumo (por tonelada transportada) cerca de dez vezes menor que o modo rodoviário, informa o Ministério de Minas e Energia (MME).
O início da atividade de projetos prioritários do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), com leilões de projetos ferroviários, rodoviários, aeroviários e portuários efetuados em 2021, além da eficiência de novos caminhões, estimulam a eficiência, e reduzem a elasticidade energia-atividade, destaca o documento oficial.
Contudo, no médio prazo, a demanda por óleo diesel deverá seguir em trajetória crescente, dada a expectativa de crescimento da atividade econômica global e da maior dificuldade em descarbonizar o transporte de cargas. Políticas de recuperação pós-Covid irão requerer mais diesel ao longo da próxima década, aumentando a sua demanda.