A pandemia de covid-19 influenciou até mesmo na forma em que os consumidores da América Latina enxergam a privacidade de dados. Devido às restrições de locomoção, a população acabou sendo mais dependente dos serviços digitais e isso levou a um aumento de golpes e ataques cibernéticos. Dessa forma, 99% dos brasileiros consideram a privacidade de dados muito relevante, segundo estudo da Mastercard.
Chamado Digital Security Barometer, o estudo foi produzido pela Kantar Consulting, que entrevistou 1 mil clientes bancários de países da América Latina e Caribe (Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia, Costa Rica, México e República Dominicana).
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Os dados apontam que 87% dos consumidores na região estão cientes de ataques cibernéticos. Outros 75% relataram terem sido alvos de criminosos cibernéticos de alguma forma e 20% disseram que suas informações pessoais vazaram por meio de uma empresa.
Em menos de uma década, a segurança cibernética surgiu como uma das questões sistêmicas mais importantes para a economia global. Os ataques cibernéticos estão se tornando cada vez mais sofisticados e caros, criando um problema de US$ 350 bilhões em todo o mundo e custando US$ 5,2 trilhões por ano em danos de crimes cibernéticos globais.
Dessa forma, a proteção de dados se tornou algo muito relevante. Não só porque quase toda a vida das pessoas está em dispositivos eletrônicos, mas também pelos danos financeiros que os golpes e ataques trazem. Para 92% dos consumidores latino-americanos, a exposição do seu número de segurança social, número de celular e resultados de exames médicos, causaria o “maior dano”.
De acordo com a pesquisa, os consumidores da região estão exigindo mais clareza. Quase todos já experimentaram a frustração de tentar decifrar descrições de compra abreviadas ou irreconhecíveis ao verificar seus extratos de compras online com cartão. Na América Latina, 77% dos consumidores têm dificuldade para determinar a que correspondem algumas das transações que aparecem em suas contas digitais, o que os fazem temer terem sido vítimas de algum golpe.
Além disso, os consumidores estão se tornando mais proativos na busca por proteção. Quando questionados sobre “quão seguro você acha que as empresas mantêm seus dados”, a pontuação média foi 3 em uma escala de 0 a 10, onde 0 representa “não seguro” e 10 representa “muito seguro”. Como resultado dessa percepção, 70% dos entrevistados afirmam ter adotado um identificador biométrico.
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Apesar das preocupações, os consumidores não planejam abrir mão dos benefícios de um mundo cada vez mais conectado. Mais da metade (55%) dos entrevistados concordam que é mais seguro pagar contas pela internet do que pessoalmente, com dinheiro. Os latino-americanos também continuam a se engajar em compras online em números crescentes, 68% relataram fazer pelo menos uma compra online por mês. No Brasil, 59% confia nos comerciantes online para manter a privacidade de seus dados pessoais em seus sistemas, mas 18% tem compras online não reconhecidas.
Na região, a abordagem de segurança cibernética da Mastercard está focada em enfrentar os desafios da economia digital: