A maioria (71%) dos executivos brasileiros em cargos de alta liderança (C-Level) acreditam que as empresas em que atuam planejam utilizar tecnologia 5G em até cinco anos. Outros 20% disseram que já estão até investindo na tecnologia de dados móveis. Apenas 8% dos executivos não sabem qual será a direção das suas empresas sobre o tema e só 1% deles não pretendem atuar nisso. Os dados fazem parte da pesquisa “Tecnologia 5G: a hiperconectividade que vai mudar o mundo”, conduzida pela KPMG com 110 executivos do Brasil, sendo 32% CFOs e 18% CEOs.
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De acordo com ela, há forte intenção das empresas investirem nesta tecnologia. Para 56%, as redes 5G estão na agenda estratégica dos gestores ou do conselho de administração. Menos de um terço (28%) disseram que isso não ocorre, e 16% não souberam afirmar se o investimento está no planejamento de sua empresa.
Entre quem vai investir, a dúvida que surge é qual será o valor, já que quase metade (46%) não soube precisar quanto suas empresas investirão em 5G. Entre aqueles que tem um orçamento definido, as cifras não ultrapassam R$ 50 milhões. Um quarto (25%) pretende investir até R$ 1 milhão. A faixa que deve dispender entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões corresponde a 14%, e outros 15% pretendem investir entre R$ 11 milhões e R$ 50 milhões.
Onde o investimento deve ser aplicado
A pesquisa da KPMG também indica onde o dinheiro deve ser aplicado. A maior parte (20%) das respostas indicam recursos para a infraestrutura de Tecnologia da Informação e Nuvem, seguidos por experiência do cliente (14%). Em terceiro lugar, com 13% das respostas, está a utilização da tecnologia para marketing e comunicação.
As demais aplicações indicadas são as seguintes: cadeia de suprimentos e logística (12%), operações e backoffice (12%), gestão de pessoas e treinamento (10%), e-commerce (9%), produção e manufatura (8%).
A expectativa é que a adoção do 5G beneficie diretamente a economia do Brasil. Na visão dos entrevistados, a maioria (79%) espera que o 5G contribua para novos modelos de negócios. Dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por exemplo, apontam que um aumento de 10% nos serviços de banda larga no Brasil estaria associado a uma alta de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo o Ministério das Comunicações, o agronegócio brasileiro também pode crescer em torno de 10% nos primeiros anos de aplicação do 5G. A automatização e uso de dados também deve impactar setores da indústria, saúde e serviços. Os segmentos de educação e entretenimento também estão na linha de frente dos impactos da tecnologia.
Porta para inovação
Para Márcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil, o 5G é uma porta para a inovação e, quando o 5G estiver em funcionamento, o Brasil estará junto com a elite de ao menos 60 países do mundo que já possuem internet de quinta geração. “Nesses locais, o 5G já entrega inovações e contribui para previsões otimistas na economia e nos negócios.”
Ele explica que o 5G oferece tempo de resposta menor entre comandos e respostas, conexões estáveis e velocidade. Com ele, diversos dispositivos podem estar conectados simultaneamente, sem sobrecarga da rede. “O benefício está na execução de novas tecnologias e configurações, como Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), Big Data, Machine Learning, Realidade Virtual e o Metaverso”, lembra.
A pesquisa “Tecnologia 5G: a hiperconectividade que vai mudar o mundo” foi conduzida pela KPMG com 110 executivos de empresas no Brasil, sendo 32% CFOs e 18% CEOs. Os demais percentuais são de diversos cargos “C-Level”, como CTOs e CIOs.
Os respondentes são de companhias que faturam, por ano, mais de R? 300 milhões (43%), entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões (21%), entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões (19%), até R$ 360 mil (9%), além de outras (8%) que não informaram as receitas anuais.
Os entrevistados atuam em diferentes setores da economia: serviços financeiros (22%), indústria (19%), consumo e varejo (9%), tecnologia e software (8%), saúde (6%), consultoria (4%), agronegócio (4%), energia e recursos naturais (3%), ciências da vida (2%), mídia e mídia social (2%), automotivo (2%), infraestrutura (2%) e esportes (1%).