Na numismática – ciência que estuda moedas e cédulas – nem todas essas peças são avaliadas apenas pela sua aparência ou idade. Muitas vezes, moedas que podem parecer comuns podem ter um valor significativo devido a fatores específicos.
Essas moedas de R$ 1 que você vai conhecer a seguir são ótimos exemplos. Elas são moedas que se destacam em relação à seus pares por conta de defeitos de fabricação. Tais defeitos fazem com que esses objetos tornam-se atraentes itens colecionáveis.
Moeda de R$ 1 com descentralização de disco
A descentralização de disco nas moedas de R$ 1 ocorre quando o núcleo da moeda é cunhado de maneira desalinhada em relação ao seu anel exterior. Esse desalinhamento pode variar de leve a extremo, criando uma aparência única e irregular.
Esse tipo de erro é resultado de um problema no processo de cunhagem, onde o disco não é corretamente posicionado na máquina de cunhagem antes de ser prensado. Esse exemplar que você observa nas imagens está à vendo no site TN Moedas por R$ 150.
Moeda de R$ 1 com reverso horizontal
O reverso horizontal é um tipo de erro de cunhagem onde o lado reverso da moeda (a face com o valor nominal e o design secundário) é cunhado em um ângulo de 90 graus em relação ao anverso (a face principal). Em uma moeda corretamente cunhada, o reverso deve estar perfeitamente alinhado com o anverso.
No entanto, devido a problemas no processo de cunhagem, o reverso pode acabar sendo cunhado de maneira desalinhada, criando uma orientação horizontal em vez de vertical. Essa segunda moeda está disponível no site Numismática Castro por R$ 75.
Moeda de R$ 1 com disco cortado
Essa moeda de R$ 1 com disco cortado apresenta uma falha visível no disco interno, resultante de um erro no processo de fabricação. Esse tipo de erro pode ocorrer devido a vários motivos, como problemas na alimentação da prensa ou falhas na matriz de cunhagem. O exemplar da imagem é mais um à venda na Numismática Castro.
Outros fatores
Não é somente o erro de cunhagem que vai determinar quanto vale uma moeda. Também deve-se levar em conta alguns outros quesitos importantes.
Tiragem
A tiragem, ou o número de exemplares produzidos de uma determinada moeda, é um fator crucial na determinação de seu valor. Moedas com uma tiragem baixa são naturalmente mais raras, e essa raridade pode elevar significativamente o seu preço. É por esse motivo, aliás, que moedas com erros de fabricação semelhantes podem variar de preço. É possível que elas tenham tiragens bem diferentes.
Conservação
O estado de conservação de uma moeda é essencial para determinar seu valor. Moedas em condições excepcionais, como Flor de Cunho (FC) ou Soberba (S), podem valer muito mais do que suas contrapartes desgastadas. A conservação é avaliada em uma escala que inclui:
- Flor de Cunho (FC): Sem sinais de desgaste, como nova. É muito valiosa por conta de sua condições. É uma moeda brilhosa e muito bonita.
- Soberba (S): Com mínimos sinais de desgaste, essa moeda ainda tende a ser bem valiosa. Não é perfeita como uma Flor de Cunho, mas chega perto: mantém ao menos 90% dos detalhes originais preservados.
- Muito Bem Conservada (MBC): Essa moeda conta com um leve desgaste, mas ainda está em boa forma. É uma moeda popular por não ser tão cara e ainda representar um bom grau de conservação.
- Bem Conservada (BC): Essa é uma moeda com desgaste moderado, mas detalhes visíveis. Não é exatamente uma moeda ruim, mas suas condições já são, na maior parte da vezes, comprometedoras. Dessa forma, tende a valer menos.
- Regular (R): Com desgaste considerável, essa é uma moeda que já perdeu a maioria dos seus detalhes e, dessa forma, vale muito pouco ou nada.
- Um Tanto Gasta (UTG): Por fim, temos a moeda UTG, a mais danificada e gasta de todas. Essa moedas, aliás, não costuma mais ser colecionável.