O segundo lugar entre os maiores vendedores de smartphone tem uma nova marca. Após anos com a Apple segurando a colocação, um estudo global sobre este mercado colocou a Xiaomi na vice-liderança de vendas no segundo trimestre de 2021. A liderança ainda é da Samsung, a maior vendedora de smartphones.
De acordo com a Canalys, empresa global de análise e pesquisa de marketing dos setores de eletrônicos e tecnologia, o número de smartphones no mundo cresceu 12% no trimestre em um ano. Só a Samsung conta com 19% deste mercado. Já crescimento das vendas da fabricante no período de um ano foi de 15%.
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Pela primeira vez no segundo lugar, a Xiaomi segue de perto a Samsung, com 17% de participação de mercado. Seu crescimento anual foi considerável, chegando a 83%. O índice é muito superior ao que a Apple conseguiu aumentar em vendas no período, apenas 1%, o que a levou a cair para o terceiro lugar do ranking, com 14% do mercado.
As duas marcas que completam o top 5 global da Canalys não são muito conhecidas do consumidor brasileiro. A quarta colocada é a Oppo, outra fabricante chinesa, que tem 10% do mercado global e cresceu 28% neste último trimestre. O quinto lugar ficou para a também chinesa Vivo (não confundir com a operadora brasileira), que ficou com 10% de participação de mercado e 27% de crescimento no ano.
A arte da guerra dos smartphones
O estudo destacou o crescimento das vendas da Xiaomi fora da China. Na América Latina, a empresa cresceu 300% em um ano, enquanto na África o índice alcançou 150%. Até mesmo na Europa Ocidental o crescimento foi representativo, de 50%.
Ainda segundo a Canalys, a empresa estabeleceu um modelo de negócios com base na consolidação de parceiros de negócios e gestão mais cuidadosa do estoque antigo no mercado aberto. A marca também é mais voltada ao mercado de massa e seu preço médio de venda acaba ficando 40% e 75% abaixo da Samsung e Apple, respectivamente. Esse dado explica o alto índice de vendas em mercados em desenvolvimento.
Para a Canalys, a prioridade da Xiaomi agora deve ser aumentar as vendas de produtos topo de linha, como o novo Mi 11 Ultra. No entanto, a consultoria acredita que será uma dura batalha, já que as suas conterrâneas Oppo e Vivo também compartilham do mesmo objetivo. Além disso, estas duas marcas estão dispostas a gastar mais em marketing do que a Xiaomi é capaz, afirma o estudo.
Xiaomi destaca atuação no segmento premium
Em posicionamento à imprensa, a Xiaomi destacou que se tornar o número 2 do mundo é um marco importante em sua história. Para a empresa, a aposta feita nos últimos anos no segmento de mercado premium contribuiu para o aumento na participação no mercado.
“Desde que a Xiaomi lançou sua primeira série premium Mi 10, a empresa tem inovado continuamente em áreas importantes, como tela, carregamento, manufatura inteligente e muito mais. A Xiaomi investe na obtenção de avanços no mercado premium, oferecendo tecnologia de ponta aos consumidores e ajudando a moldar os caminhos da indústria”, destacou a nota.
No Brasil a marca vem se consolidando. Com duas lojas próprias, e-commerce e presente em mais de 7 mil pontos de venda físicos e marketplaces por todo o Brasil, a Xiaomi conta com um portfólio de mais de 450 produtos, entre smartphones e dispositivos inteligentes, que estão ganhando espaço entre os brasileiros.
Disputa Apple x Xiaomi
No quarto trimestre de 2020, os números globais da Xiaomi atingiram 43,4 milhões de unidades com crescimento de 31,5%, ultrapassando o crescimento da Apple pela primeira vez. No primeiro trimestre de 2021, a Apple manteve o segundo lugar, com 15% de participação no mercado global de smartphones, seguida de perto pela Xiaomi com 14% de participação no mercado. As remessas globais de smartphones da Xiaomi foram de 49,4 milhões de unidades naquela época, com um crescimento de 69,1% em relação ao ano anterior.
O próprio estudo da Canalys aponta que todos os fornecedores estão lutando arduamente para garantir o fornecimento de componentes em meio à escassez global de componentes. Mas após a luta pelo segundo lugar, a Xiaomi já tem os olhos postos no próximo prêmio: “substituir a Samsung para se tornar o maior fornecedor do mundo”.