O Gemini do Google pode transformar a produtividade de quem sabe utilizá-lo corretamente. No entanto, a maioria dos usuários comete erros básicos que sabotam completamente o potencial dessa ferramenta de inteligência artificial. Perguntas mal formuladas, falta de contexto e aceitação passiva das respostas são apenas alguns dos deslizes que comprometem os resultados. Descobrir esses equívocos pode ser a diferença entre respostas genéricas e soluções úteis.
1. Fazer perguntas vagas demais
O problema das questões genéricas
Solicitar ao Gemini algo como “me fale sobre marketing” ou “explique Python” representa um dos maiores erros em utilizar a ferramenta. Sem contexto específico, a IA gera respostas amplas e superficiais. Isso acaba gerando um ciclo de refinamento, no qual o usuário precisa reformular a pergunta várias vezes até obter algo mais interessante. Para evitar esse problema com o Gemini, é fundamental ser específico desde o início.
Como formular perguntas eficazes
A especificidade transforma a qualidade das respostas. Em vez de perguntar “como fazer marketing?”, uma abordagem mais eficaz seria: “quais estratégias de marketing digital funcionam melhor para e-commerce de moda feminina com orçamento limitado?”. Incluir informações sobre nível de conhecimento, objetivo final e possíveis restrições permite que o Gemini entregue respostas direcionadas e aplicáveis.
2. Ignorar o raciocínio passo a passo
Por que a IA precisa estruturar o pensamento
Solicitar respostas diretas para problemas complexos sem pedir explicações detalhadas frequentemente leva a erros de lógica ou soluções incompletas. Especialmente em tarefas de matemática, programação ou análise de dados, a ausência de orientação estruturada faz com que a IA pule etapas importantes.
A técnica chain-of-thought
Pedir explicitamente que a IA explique seu raciocínio em etapas. Frases como “explique seu raciocínio passo a passo” ou “mostre cada etapa do cálculo” ativam um modo de processamento mais cuidadoso no Gemini. Essa abordagem garante maior precisão nas respostas e facilita a verificação de possíveis erros no processo.
3. Aceitar tudo sem questionar
Confiar cegamente na primeira resposta do Gemini representa um risco considerável. A IA pode ocasionalmente “alucinar”, gerando informações incorretas ou desatualizadas. Além disso, a resposta inicial nem sempre contempla todas as nuances do problema apresentado.
Sempre vale solicitar verificações com comandos como “tem certeza dessa informação?” ou “existem exceções para esse caso?”. Pedir alternativas diferentes para o mesmo problema amplia as possibilidades e permite escolher a solução mais adequada. Confrontar a IA com informações divergentes também estimula revisões e esclarecimentos.
4. Não fornecer exemplos práticos
O poder do direcionamento por exemplos
A ausência de referências claras força o Gemini a adivinhar tom, formato e estilo desejados. Quando o prompt é genérico, o risco de receber algo fora de contexto aumenta resultando em ter que pedir ajustes ou reescrever partes por conta própria.
Implementando few-shot prompting
Incluir um ou dois exemplos do tipo de resposta que se espera. Para uma legenda de Instagram, por exemplo, pode dizer: “Escreva algo como: ‘Segunda-feira chegou com tudo!”. Especificar tom, formato e público-alvo a IA consegue adaptar o conteúdo com mais precisão e relevância.

5. Desperdiçar o acesso à internet
Um dos diferenciais do Gemini permanece inexplorado por muitos usuários: sua capacidade de buscar informações atualizadas em tempo real. Diferentemente de outras IAs limitadas ao conhecimento prévio, o Gemini pode verificar preços atuais, notícias recentes e tendências do momento.
Para ativar essa funcionalidade, basta incluir instruções como “busque informações atualizadas sobre…” ou “verifique os dados mais recentes de…”. Essa adição transforma a relevância das respostas, especialmente para temas que mudam rapidamente como cotações, lançamentos de produtos ou mudanças em legislações.
6. Parar na primeira tentativa
A importância da iteração
Tratar cada interação como isolada desperdiça o potencial de refinamento progressivo do Gemini. A ferramenta mantém contexto e pode evoluir as respostas através de ajustes sucessivos, construindo resultados mais refinados e personalizados.
Estratégias de refinamento
Após receber uma primeira versão, solicite melhorias específicas: “deixe mais conciso”, “adicione humor sutil” ou “remova termos técnicos”. Combinar elementos de diferentes versões também funciona: “misture a estrutura da versão 1 com o tom da versão 3”.
7. Esquecer de definir limites claros
Sem restrições específicas, o Gemini precisa adivinhar tamanho, formato e estilo adequados. Isso resulta em textos longos demais para redes sociais, curtos demais para relatórios ou com linguagem inadequada para o público-alvo.
Defina limites desde o início. Especifique tamanho (“máximo 200 palavras”), formato (“em tópicos numerados”), estilo (“linguagem corporativa sem jargões”) e o que evitar (“sem clichês ou tom publicitário”). Quanto mais critérios objetivos forem estabelecidos, mais precisa será a entrega.
8. Não aproveitar o contexto contínuo
O erro de reiniciar conversas
Muitos usuários começam novas sessões a cada pergunta, perdendo todo o contexto construído anteriormente. O Gemini consegue manter o histórico da conversa e usar informações prévias para gerar respostas mais contextualizadas e precisas.
Construindo sobre o que já foi discutido
Referenciar pontos anteriores da conversa permite evolução natural do conteúdo. Frases como “considerando o que discutimos antes…” ou “expandindo a ideia anterior…” aproveitam o contexto acumulado para resultados pontuais.
Para extrair o máximo do Gemini, é importante entender que a qualidade do resultado está relacionada à forma como a pergunta é feita. Pequenos ajustes no prompt podem transformar respostas genéricas em conteúdos precisos e adaptados às necessidades específicas. Quanto mais a comunicação com a IA é experimentada e refinada, melhor ela se adapta ao estilo e às exigências do usuário.
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