O governo federal lançou o inovador programa “Voa Brasil“ com o objetivo de tornar as viagens aéreas mais acessíveis para os cidadãos.
Por meio de um aplicativo específico, os passageiros terão a oportunidade de adquirir passagens aéreas por apenas R$ 200. Para garantir a equidade no acesso, cada indivíduo poderá comprar até quatro viagens por ano, desde que atenda aos requisitos estabelecidos.
Previsto para ser implementado a partir de agosto, o programa “Voa Brasil” tem uma projeção ambiciosa: disponibilizar 1,5 milhão de passagens por mês.
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, enfatizou que essa iniciativa será realizada sem qualquer investimento público direto. A expectativa é de que o programa alcance sua capacidade máxima dentro de um ano, beneficiando um número significativo de viajantes.
Além disso, o ministro confirmou a participação das renomadas companhias aéreas Gol, Latam e Azul nessa iniciativa.
E então, ficou empolgado com essa notícia? Vem com a gente nessa leitura para saber muito mais sobre o programa e esclarecer várias dúvidas relacionadas a participação.
Quem poderá participar do Voa Brasil?
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério, o primeiro estágio do programa tem como objetivo principal atender aposentados que recebam até dois salários mínimos.
Essa iniciativa visa reduzir o número de assentos vazios nos voos. Isso, segundo o governo, poderia também resultar em passagens mais baratas para outros passageiros.
Para se ter uma ideia, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a ociosidade nos voos brasileiros atualmente gira em torno de 20%, com uma taxa de 22,4% registrada em abril de 2023.
Diante desse cenário, o Ministério argumenta que o programa busca democratizar o acesso ao transporte aéreo no país.
Além disso, o “Voa Brasil” visa beneficiar também os servidores públicos nos três níveis do governo (municipal, estadual e federal), desde que seus salários não ultrapassem R$ 6,8 mil.
Vale ressaltar que a comprovação de renda também será exigida para todos os grupos.
Isto é, aposentados e pensionistas da Previdência Social, servidores, assim como estudantes que participam do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC).
“Nós vamos começar com aposentados, pensionistas, eventualmente servidores públicos também. (…) O objetivo é trazer as pessoas que não voaram.” Disse o ministro Márcio França sobre o “Voa Brasil”.
Requisitos e diretrizes gerais do Voa Brasil
- O “Voa Brasil” exige que os passageiros que atendam aos requisitos e não tenham viajado nos últimos 12 meses baixem um aplicativo desenvolvido pelo governo federal e cadastrem seus CPFs;
- No aplicativo, os passageiros terão a opção de selecionar o trajeto desejado, como por exemplo, de São Paulo à Manaus ou de Brasília ao Rio de Janeiro;
- O mecanismo do aplicativo apresentará ao passageiro diversas opções de datas e voos, todos com o valor fixo de R$ 200, permitindo que o passageiro selecione sua viagem de acordo com suas preferências;
- Cada passageiro que se qualificar para o “Voa Brasil” terá a oportunidade de adquirir até quatro passagens por ano, pelo valor de R$ 200 cada. Isso significa que poderão realizar viagens de ida e volta acompanhados por outra pessoa.
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Informações adicionais
Na última quinta-feira (13), o ministro França concedeu uma entrevista exclusiva à CNN, revelando os ambiciosos planos do governo federal.
Segundo o ministro, até o término do mandato, em 2026, o governo tem a intenção de estabelecer a instalação de cem novos aeroportos em todo o país.
Com a ampliação da rede aeroportuária, espera-se melhorar a conectividade entre diferentes regiões do país, oferecendo aos cidadãos e empresas mais opções e acessibilidade no transporte aéreo.
Além disso, a instalação desses novos aeroportos pode ter um impacto positivo nas comunidades locais.
Por exemplo, criando empregos diretos e indiretos, promovendo o desenvolvimento econômico regional e facilitando o acesso a áreas que anteriormente não eram bem servidas por rotas aéreas.
Isso pode resultar em um aumento do turismo interno e externo, beneficiando setores como o turismo, comércio e hospitalidade.
“Temos boa parte dos aeroportos — que são mais consistentes, com maior volume de gente — hoje concessionados. Então nós vamos passar a uma nova fase, que é implantar 100 novos aeroportos em lugares que não tem muito acesso e precisam de mais voos” Explicou o ministro.