O Programa Voa Brasil confirmou a venda de passagens aéreas com preços de até R$ 200. O governo federal está conduzindo um teste com um grupo específico de cidadãos.
Programa Voa Brasil
O governo federal está iniciando o Programa Voa Brasil, focado na venda de passagens aéreas com preços acessíveis, começando após o carnaval para um grupo seleto de cidadãos brasileiros. Inicialmente destinado a famílias de baixa renda, a iniciativa oferece valores abaixo da média nacional, permitindo que essas pessoas comprem até duas passagens de até R$ 200 por ano.
Com o início das vendas, as famílias de baixa renda ainda não serão beneficiadas, pois o governo está lançando o projeto inicialmente para beneficiários vinculados à Previdência Social. A inclusão posterior dessas famílias está prevista.
Quem pode participar?
Além dos aposentados e pensionistas do INSS, o lançamento do programa terá um impacto positivo nos alunos vinculados ao ProUni, que poderão utilizar o projeto para viajar após o carnaval. Cada titular terá direito à compra de duas passagens durante um período de 12 meses.
A expectativa do governo federal é que o programa gere um consumo de pelo menos 50 mil passagens mensais, proporcionando um ganho de pelo menos R$ 1,5 milhões por mês. O valor da passagem poderá ser parcelado em até 12 vezes, com a gestão financeira sendo realizada em parceria com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
O programa Voa Brasil foi adiado?
Em março do ano passado, o então Ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou o programa denominado “Voa Brasil”. A proposta, originada pelo governo, visava disponibilizar passagens aéreas por R$200, utilizando assentos não vendidos nos voos como recurso.
O governo determinou o valor, destinando-o a estudantes do Prouni e aposentados, com a possibilidade inicial de incluir também funcionários públicos, ideia que posteriormente foi abandonada. Inicialmente, o governo afirmou que não haveria contrapartidas para as companhias aéreas aderirem, destacando a adesão como voluntária.
As empresas mostraram interesse no início, mas não aprofundaram as discussões. Contudo alegando necessidade de mais detalhes sobre o funcionamento efetivo do programa por parte do governo.
Lançamento oficial do programa
O lançamento oficial do programa estava agendado para a esta segunda-feira, dia 5 de fevereiro. No entanto em uma cerimônia que inicialmente constava na programação oficial do Presidente Lula.
No entanto, o presidente retirou o evento da agenda oficial, alegando problemas de agenda, e o adiou para “depois do Carnaval” sem uma data específica.
Uma nova informação da Revista Oeste revelou que o adiamento, na verdade, configura um cancelamento, indicando que o governo desistiu do projeto. A justificativa seria a exigência das companhias aéreas por contrapartidas que o governo não pôde atender neste momento.
As empresas aéreas solicitaram a abertura de uma linha de crédito para financiamento, além de uma redução no preço do querosene de aviação (QAV). A Petrobrás já havia descartado a redução no custo do combustível, cancelando inclusive uma reunião agendada com Lula e as companhias aéreas.
Diante da ausência de incentivos para a redução de custos, as empresas não demonstraram disposição para aderir ao programa. Contudo impactando a perspectiva de lucro nas passagens de última hora, que geralmente apresentam uma margem de lucro mais elevada na chamada “compra de necessidade”.
Fundos para o Voa Brasil
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa e Filho, anunciou que a apresentação do programa Voa Brasil, que oferecerá passagens aéreas de até R$ 200, e o pacote de resgate para o setor, estimado em até R$ 6 bilhões, está prevista para ocorrer “depois do carnaval”. Em uma agenda realizada em São Paulo no sábado (dia 3), o ministro afirmou que a apresentação do programa depende da agenda do presidente Lula.
O ministro informou que quase 21 milhões de brasileiros poderão se beneficiar do programa Voa Brasil, destinado a estudantes do Prouni e aposentados do INSS.
Costa e Filho destacou que o fundo de resgate para as companhias aéreas está sujeito à modelagem do Ministério da Fazenda, e a maior parte dos recursos virá do BNDES. O ministro explicou que o pacote incluirá um “planejamento estratégico” para a aviação brasileira, abrangendo uma linha de crédito e ações para fortalecer compras de ativos. O governo também está considerando medidas para redução do custo do combustível e soluções para a alta judicialização do setor.
Financiamento
No entanto devido à resistência do Ministério da Fazenda diante das restrições orçamentárias. Ele destacou que a proposta visa enfrentar desafios estratégicos e contribuir para o desenvolvimento da aviação brasileira.
A visita também incluiu uma inspeção ao canteiro de obras do sistema Aeromóvel. Isso conectará o terminal à malha ferroviária da CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos) em Guarulhos. A previsão é que o aeromóvel esteja operacional até julho deste ano. Contudo proporcionando uma ligação direta entre os trens da CPTM e os três terminais de Guarulhos.