José de Alencar é um dos nomes mais importantes dentro da historiografia da literatura brasileira, nesse sentido, as obras escritas pelo autor sempre se fazem presentes em avaliações de vestibulares e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Neste ano, Lucíola, quinto romance publicado pelo escritor, foi inserido nas listas de obras obrigatórias para o vestibular 2021, como foi o caso da Unicentro e da UEM. Continue a leitura para saber mais sobre a obra.
Lucíola, o romance
O livro publicado em 1862 é considerado um romance romântico urbano. Em Lucíola, José de Alencar conta a história de um jovem casal através de Paulo, narrador personagem. Desse modo, o romance é narrado em primeira pessoa.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, vindo de Olinda, Paulo se depara com uma jovem mulher de beleza singular, Lúcia, cujo nome verdadeiro era Maria da Glória.
Sem saber que Lúcia, aos 19 anos, era uma das mais ricas cortesãs do Rio de Janeiro, Paulo se enamora da jovem, que a princípio despreza o amor do rapaz, mas, ao longo na narrativa se envolve amorosa e sexualmente com ele. Lúcia desenvolve com Paulo uma relação que não havia tido com nenhum outro homem, mesmo sendo uma cortesã – prostituta que atende clientes de classes economicamente altas.
No Brasil da época, a sociedade burguesa sustentava o ideal de pureza para a mulher e de cavalheirismo para o homem. Assim, a sociedade da época tinha preocupação com as aparências e os costumes.
Nesse sentido, Lucíola, ao experimentar o amor de Paulo, que não é meramente carnal, é purificada e adota novos hábitos, deixando de lado a vida de prostituição e se dedicando à criação de sua irmã mais nova junto a Paulo. O romance, contudo, termina de uma forma trágica, com a morte de Lúcia no período da gravidez.
Além das personagens principais, Lúcia e Paulo, há também Sá, um amigo de Lúcio, Ana, a irmã mais nova de Lúcia, Laura, Nina, Cunha e Couto.
Sobre o autor
José Martiniano de Alencar nasceu em Fortaleza (Ceará), em 1829, e foi o principal escritor da primeira geração do Romantismo no Brasil, a fase indianista. Desse modo, os seus romances O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874) são alguns dos destaques do período.
Além de escritor, Alencar foi também político, chegando a ser chefe da Secretaria do Ministério da Justiça. Alencar foi homenageado como patrono da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras.
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