A área da saúde se destacou em 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus. Médicos, enfermeiros, técnicos, pesquisadores e demais profissionais mostraram como merecem ser valorizados, assim como suas profissões são essenciais para a manutenção da qualidade de vida da sociedade.
Nesse sentido, a importante missão desses profissionais encheu de inspiração os estudantes e vestibulandos de modo geral. Muitos deles escolheram cursos de ensino superior no âmbito da saúde, fazendo com que essa busca disparasse em relação aos últimos anos.
De acordo com balanços atuais, cresceu o interesse por cursos como Medicina, Ciências Biomédicas e Enfermagem. Na Fuvest, por exemplo, 18,8 mil inscritos na Fuvest almejam passar no vestibular para cursar Medicina a partir de 2021. Houve crescimento de 19,4% comparado ao ano anterior.
Também na Fuvest, que seleciona estudantes para a Universidade de São Paulo, as inscrições para a graduação em Ciências Biomédicas sofreram aumento de 22,3% do que na edição antecessora. Tudo indica que o anseio provém das expectativas em torno da criação de uma vacina para a Covid-19, assim como a valorização desse mercado atualmente.
“Nunca antes, pelo menos nos últimos anos, vimos tanto a área de ciência sendo exposta nas mídias. Temos participação grande de cientistas da área da saúde frente à pandemia, mostrando a importância de novas descobertas, de desenvolver tecnologias como a vacina”, diz Luciana Rossoni, coordenadora do curso de Ciências Biomédicas da USP.
Curso de enfermagem lidera na rede particular
Quando o assunto é faculdade particular, a área de Saúde também surge como protagonista.
Um estudo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) com 614 entrevistados mostrou interesse de 36,1% deles por cursos presenciais na área, como Biomedicina e Fisioterapia. No topo do ranking de preferência está a graduação em Enfermagem, com 11,7% das intenções.
“Os cursos da área de saúde não ficavam em cima da tabela. Normalmente, apareciam no topo Administração e Direito”, diz Solon Caldas, diretor executivo da Abmes. Dados do Censo da Educação Superior de 2019 já indicavam alta na procura pelas graduações em Saúde, mas, segundo Caldas, a pandemia acelera esse processo.
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