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Vestibular: Conheça “O Tempo e o Vento”, obra de Érico Veríssimo

O Tempo e o Vento é um romance do escritor brasileiro Érico Veríssimo (1905-1975). Dividido em três livros, a obra é um romance épico que remonta dois séculos de história do Rio Grande do Sul.

Assim, a trilogia é composta por três novelas independentes. São elas: “O Continente”, “O Retrato” e “O Arquipélago”. A publicação da primeira novela da trilogia foi no ano de 1949. Já a segunda novela foi publicada em 1951 e a última em 1962.

Enredo

Com uma história que dura 200 anos, os 150 primeiros são narradas em O continente, no qual Veríssimo começa a contar o enredo de O Tempo e o Vento. Desse modo, o enredo principal dos livros é centrado na formação do Estado.

Capa de O Tempo e o Vento.

Nesse sentido, a primeira novela, O Continente, se inicia com as missões jesuíticas em 1745 e vai até 1895, quando se dá o fim do cerco ao sobrado dos Cambará. É nesse primeiro livro que o autor trata do surgimento do Rio Grande do Sul a partir das famílias Terra, Caré, Cambará e Amaral. Nesse sentido, as personagens de destaque são Ana Terra e o Capitão Rodrigo.

Já em O Retrato o ambiente é o da cidade de Santa Fé, que se urbaniza nas duas primeiras décadas do século XX. No entanto, entra em decadência social decorrente de jogos políticos. Aqui a personagem de destaque é Rodrigo Cambará, que decide retornar à Santa Fé após sua ida à Porto Alegre para se formar em Medicina.

Por fim, a terceira novela, O Arquipélago, narra a volta de Rodrigo a sua cidade após uma temporada no Rio de Janeiro. Na última parte de O Tempo e o Vento, o representante da Terra Cambará sofre derrota política com o fim do Estado Novo e, doente, luta contra a morte.

Outros aspectos

Apesar do seu caráter histórico, os acontecimentos reais servem apenas como plano de fundo para o enredo fictício. Desse modo, o tempo do romance não é exatamente cronológico, mas psicológico.

Ademais, a linguagem do livro reflete as características da Geração de 30 do Modernismo, na qual Veríssimo se insere. Assim, a linguagem usada pelo autor é simples, o regionalismo se faz presente e há o debate de assuntos contextualizados com os acontecimentos da época em que foi escrito.

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